Nasa faz cinco revelações sobre óvnis, apontam relatórios; veja lista

Reunião aconteceu nesta quarta-feira (31) e teve abordagem científica para debater objetos voadores não identificados

Legenda: No ano passado, o Pentágono divulgou vídeos feitos por pilotos da Marinha americana em que se viam encontros em pleno voo com o que pareciam ser ovnis
Foto: Departamento de Defesa dos EUA/AFP

Na primeira reunião pública da Nasa sobre "objetos voadores não identificados", conhecidos como óvnis, os cientistas pediram, nesta quarta-feira (31), uma abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos. A BBC News juntou cinco pontos revelados na reunião.

Uma equipe independente de 16 cientistas deve apresentar suas conclusões em um relatório no final de julho. A reunião de trabalho desta quarta será um fórum para suas deliberações finais.

Veja pontos

  • 1. Avistamentos podem ser explicados - Há entre "50 a 100 novos relatórios por mês", conforme informou Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias da Nasa. Esse número corresponde até 5% do total de avistamentos enviados ao órgão.
  • 2. Privacidade limita investigações da Nasa - Será possível "apontar o maior aparato de coleta de informações de todo o globo para onde quisermos", disse Kirkaptrick. 
  • 3. Micro-ondas e ilusões de ótica - Durante a reunião foi debatido instrumentos sensíveis utilizados por pesquisadores que captam sinais de micro-ondas e também ilusões de ótica já avistado por astronautas e pesquisadores sobre óvnis. 
  • 4. Estigma e assédio - A postura da agência no passado era "desacreditar" tais avistamentos, o que reforçava o estigma sobre a busca por vida extraterrestre.
  • 5. Transparência - "Os dados atuais e os relatórios de testemunhas não bastam por si só para proporcionar provas conclusivas", declarou o astrofísico David Spergel, presidente do estudo, em declarações transmitidas ao vivo, como uma sinalização para uma maior transparência na Nasa.

Histórico com óvnis

Em 2022, a agência espacial anunciou que estava analisando observações no céu que não podem ser identificadas como fenômenos aéreos ou naturais, um tema que fascina o público há bastante tempo, mas foi rejeitado pela ciência convencional.

Ao longo de 27 anos foram reunidos mais de 800 eventos, dos quais entre 2% e 5% são considerados possivelmente anômalos, explicou a jornalista científica Nadia Drake, participante do estudo.

Estes são definidos como "qualquer coisa que não seja facilmente compreensível pelo operador ou pelo sensor" ou "que está fazendo algo estranho".

Um exemplo de fenômeno inexplicável é um globo metálico voador avistado por um drone MQ-9 em um lugar não revelado do Oriente Médio, afirmou Sean Kirkpatrick, diretor do escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios do Pentágono, ao reproduzir um vídeo exibido pela primeira vez ao Congresso dos EUA no mês passado.

"Este é um exemplo típico de uma coisa que vemos a maioria das vezes. Vemos isso por todo o mundo, fazendo manobras aparentes muito interessantes", acrescentou.

Enquanto as sondas e os exploradores da Nasa rastreiam o sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos, e seus astrônomos buscam sinais de civilizações inteligentes em planetas distantes, esta é a primeira vez que a Nasa investiga fenômenos inexplicáveis nos céus da Terra.

O trabalho da Nasa, que se baseia em material não classificado, é independente de uma investigação do Pentágono, embora haja coordenação entre ambos em questões de aplicação de ferramentas e métodos científicos.

"Até o dia de hoje, na literatura científica arbitrada, não há provas conclusivas que sugiram uma origem extraterrestre para os objetos voadores não identificados", resumiu a jornalista Nadia Drake.


Assuntos Relacionados