Moderna desenvolve vacina de dose única para reforço contra Covid-19 e gripe

Uma dose de reforço de 50 microgramas do imunizante "provoca fortes respostas de anticorpos contra a variante Delta", de acordo com a instituição

Legenda: A farmacêutica está realizando ensaios clínicos para um imunizante contra o VSR em adultos mais velhos
Foto: Joel Saget/AFP

A farmacêutica Moderna anunciou nessa quinta-feira (9) que está desenvolvendo uma vacina única que combina uma dose de reforço contra a Covid-19 com o imunizante experimental contra a gripe. As informações são da agência EFE e do jornal O Globo.

O objetivo da instituição é adicionar imunobiológicos nos quais está trabalhando, para o vírus sincicial respiratório (VSR, microrganismo que causa infecção das vias respiratórias, e pode atingir crianças e adultos) e outras doenças respiratórias, em uma injeção anual.

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"Acreditamos que esta é uma grande oportunidade que está à nossa frente, se pudermos trazer ao mercado um reforço anual pan-respiratório de alta eficácia", afirmou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel.

Segundo ele, os estudos e análises adicionais "mostram que uma dose de reforço de 50 microgramas" da vacina "provoca fortes respostas de anticorpos contra a variante Delta" do novo coronavírus.

Ensaio clínico

A farmacêutica está realizando ensaios clínicos para um imunizante contra o VSR em adultos mais velhos. Conforme a empresa, a segunda fase do ensaio clínico foi alterada para acrescentar a terceira dose administrada "aproximadamente" seis meses depois da segunda.

Em agosto, a Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) recomendou a aplicação de uma terceira dose de vacina para pessoas com sistema imunológico enfraquecido. Integram a lista pacientes que fizeram transplante de órgãos, pessoas com HIV ou que tiveram câncer.

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Também no mês passado, o Governo dos Estados Unidos informou que tem planos para ministrar uma dose de reforço à população em geral que recebeu as vacinas contra a Covid-19. Os imunizantes que devem ser utilizados serão da Moderna ou da Pfizer.

A proposta é começar a partir de 20 de setembro para quem tomou as duas doses iniciais há mais de oito meses. Porém, a ação ainda não teve o aval da FDA e pelos Centros de Controle de Doenças do país.