No 11ª dia da Copa do Mundo, a Argentina renasceu, mostrando força de uma favorita ao título. E pode cruzar no caminho do Brasil em uma hipotética semifinal. Isso porque, a Albiceleste, que estava ameaçada de uma eliminação precoce após perder na 1ª rodada para a Arábia Saudita, renasceu na Copa ao vencer a Polônia por 2 a 0 com autoridade, garantindo vaga nas Oitavas, e para completar, na 1ª colocação do Grupo C.
E ficar em 1º lugar deixou a Argentina na chave do 1º colocado do Grupo G, no qual está o Brasil. Como a Seleção Brasileira deve terminar como líder após os jogos de sexta-feira - só não será se perder para Camarões e a Suíça ganhar da Sérvia por 2 gols, o que é algo remoto - um lado do 'mata-mata' da Copa terá os ferrenhos rivais sul-americanos.
O caminho da Argentina, aliás, está trilhado até as semifinais caso ela chegue até lá, com Austrália nas Oitavas e encarando nas quartas o vencedor de Holanda x Estados Unidos. E convenhamos, a Albiceleste é superior ao trio e nem a Orange é páreo no momento pelo futebol que "não joga".
Se a Argentina foi vacilante no jogo contra a Arábia e até Messi abrir o placar contra o México, depois disso a equipe de Scaloni jogou um futebol dominante e consistente. Contra a Polônia, dominou o jogo todo, empilhou chances e se não fosse o goleiraço Szczesny - que defendeu um pênalti de Messi e 8 defesas difíceis ao longo do jogo - a partida terminaria com goleada da Argentina.
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A imposição do time de Scaloni foi total, com muita marcação, imposição no meio campo e ataque. Se a defesa não teve problemas com a postura extremamente defensiva dos poloneses, do meio pra frente foi um atropelo: Mac Allister, Messi, Enzo Fernández, Di María e Julian Álvarez causaram terror na defesa polonesa e as conexões entre eles permitiram que a Argentina dominasse do início ao fim.
Mac Allister (fez o 1º gol do jogo e distribuiu muito bem as jogadas), Messi (chamou o jogo para sí, finalizou, tentou armar o time e apenas do pênalti perdido, não se omitiu em nenhum momento), Enzo Fernández (este o dono do jogo, deu qualidade à saída de bola da argentina e foi um volante exemplar nos desarmes), Di María (deu ritmo ao time com muita movimentação, apesar de não ter si brilhante quanto em outras jornadas), e Julián Álvarez (autor do 2º gol, teve muitas conexões com Messi e ganhando com justiça a posição de Lautaro).
O time argentino cresceu, ganhou corpo e superou a ausência de Lo Celso - cortado antes da Copa - e a estreia com derrota. Assim, é favorito ao título e pode encontrar o Brasil pelo caminho.
Outras duas classificadas do dia - Polônia e Austrália - despertaram sentimentos diferentes. A Polônia pouco fez e só passou porque o México foi incompetente em não ganhar de mais gols da fraca Arábia - 2 a 1 foi insuficiente - e não deve oferecer resistência para uma França que virá descansada após poupar o time todo diante da Tunísia.
Já a Austrália, provou ser a zebra da Copa do Mundo e uma surpresa agradável. Em um grupo difícil, perdeu pra França na estreia em um resultado normal, e se superou, batendo Tunísia e Dinamarca, com um grupo de jogadores inexperiente e distante das grandes ligas de futebol do mundo.
Nesta quarta-feira, jogou melhor e se classificou com justiça ao bater por 1 a 0 a maior decepção da Copa. A Dinamarca fez 3 jogos muito ruins e terminou o grupo na última colocação, incompatível pelos jogadores que tem. Faltou organização e maior entrega dos jogadores.