Vestas trabalha em estudo para melhorias em infraestrutura no Porto do Pecém

Trabalho está sendo feito em conjunto com o Governo do Estado, a direção do complexo portuário e o Energy Cluster Denmark. Resultados devem ser entregues ainda em 2022

Legenda: Estudo visa apontar possíveis melhorias e investimentos em infraestrutura focados no setor de energias renováveis
Foto: Carlos Marlon

A Vestas está trabalhando em um estudo para indicar possíveis melhorias e investimentos em infraestrutura e logística para impulsionar as demandas do setor de energias renováveis no Porto do Pecém.

O trabalho está sendo realizado em conjunto com o Governo do Estado, a administração do terminal complexo portuário, a própria empresa e Energy Cluster Denmark, na Dinamarca. 

A informação foi confirmada pelo  head of public affairs na Vestas América Latina, Leonardo Euler, em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste. Ele comentou que os resultados deverão estar prontos até o final do ano, quando serão entregues aos representantes do Governo do Estado. 

"Nós estamos colaborando em um esforço coletivo, que conta com o Porto do Pecém, o Governo do Ceará e o Energy Cluster Denmark (Dinamarca) para construir os melhores projetos para haver um melhoramento da infraestrutura portuária no Ceará para que temos as condições necessárias para exploração do mercado offshore de geração eólica", revelou Euler.

Além de indicar possíveis melhorias para o setor de energias renováveis, o que deve ajudar o Estado a se posicionar melhor na atração de investimentos para o setor, o estudo visa, segundo Euler, reduzir emissões de carbono das operações da própria Vestas.

O executivo comentou que a empresa já vem trabalhando para reduzir a "pegada de carbono" e em aproximar fornecedores aos parques de fabricação de aerogeradores. 

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Operações no Estado

A Vesta já conta com uma fábrica instalada no Ceará. 

"Inclusive os resultados desses estudos devem sair esse ano e ao final do processo teremos mais condições de indicar os elementos que precisam ser melhorados. Mas é importante que haja um cordão eólico de forma que possamos melhorar eficiência, diminuir custos e também reduzir a pegada de carbono. E trabalhamos para trazer nossos fornecedores para mais perto do nosso parque fabril, já que a distância de São Paulo a Aracati, por exemplo, equivaleria a Paris até Moscou", disse. 

"A gente vai entregar o estudo ao Governo do Ceará e aí as medidas que possam ser endereçadas no curto prazo com efetividade para que o Pecém possa se posicionar efetivamente para os projetos de manufatura dos equipamentos aerogeradores", completou.

Legenda: A Vestas já conta com uma fábrica em operação no Ceará
Foto: NATINHO RODRIGUES

Investimentos e expansão no Ceará 

Sobre os futuros investimentos e expansões das operações no Ceará, Leonardo Euler foi discreto, afirmando apenas que a empresa estuda as possibilidades e considera fatores de mercado no país para definir os próximos passos. 

O Diário do Nordeste já havia adiantado que a empresa dinamarquesa considera investir em uma segunda fábrica no Ceará e em uma expansão da planta atual. A empresa, no entanto, afirma apenas que está analisando o cenário atual.