Glutamina: para que serve, como tomar e benefícios

Este aminoácido é utilizado como fonte de energia para as células intestinais e auxiliam, dentre outos benefícios, na recuperação da mucosa e muscular

Legenda: Nutricionista afirma que a maioria das pessoas não possui necessidade de suplementar a glutamina
Foto: Shutterstock

Você já ouviu falar em glutamina? O nome, para alguns, pode remeter a um suplemento prescrito por médicos ou nutricionistas, mas, na verdade, a substância é um aminoácido condicionalmente essencial produzido pelo corpo humano. A glutamina é benéfica para o organismo e também pode ser encontrada em alguns alimentos. 

Segundo a nutricionista Bruna Carvalho, especialista em nutrição esportiva, a glutamina é considera um aminoácido condicionalmente essencial, porque o organismo consegue produzi-lo em quantidades suficientes. “Além da glutamina produzida no organismo, ela pode ser encontrada nos alimentos, principalmente nos de origem animal (carnes, ovos) assim como na forma de suplemento”. 

O corpo tende a diminuir a produção da substância, conforme a especialista, em algumas condições como doenças, lesões e esporte de alta intensidade. “O que pode fragilizar o funcionamento do organismo como um todo”, pontua. 

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Este aminoácido é utilizado como fonte de energia para as células intestinais e auxiliam na recuperação da mucosa, na recuperação muscular e é fundamental na produção de células do sistema imunológico.  

A nutricionista explica que o maior benefício da glutamina é na melhora da função intestinal, pois o aminoácido é fonte de energia para o enterócito. Outro fator positivo associado à substância está na melhora da imunidade em alguns pacientes. “Reduzindo risco de infecções em pacientes internados, imunodeprimidos e atletas de alta intensidade”, diz. 

Para quem a glutamina é indicada? 

Bruna Carvalho afirma que a maioria das pessoas não possui necessidade de suplementar a glutamina, “devido ao fato do corpo humano produzir e de ingerir alimentos fontes de proteína animal”. 

De acordo com a especialista, o consumo da glutamina é indicado para atletas de alta intensidade, pessoas com doença inflamatória intestinal e/ou que sofrem com constipação ou diarreia, imunodeprimidos, em tratamento com antibióticos e outros medicamentos que danificam a mucosa intestinal, além de pacientes pós-cirúrgicos. 

Como tomar?

 A dose indicada, segundo ela, varia de 5 a 10g, dependendo da situação.A recomendação da nutricionista é que seja ingerida em jejum, após o treino ou antes de dormir. “Não tomar junto com as refeições principais”.  

O uso excessivo do aminoácido e a longo prazo pode levar a alterações no transporte da glutamina. Isso, conforme a especialista, pode “trazer consequências danosas para pacientes diabéticos, com insuficiência renal, gestantes e lactantes, além de pessoas com transtornos psiquiátricos, que sofrem de depressão e ansiedade. Sempre consulte seu médico antes de usar qualquer suplemento”.  

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Glutamina e atividade física

A relação da glutamina com a melhora da performance de quem pratica atividade física não está comprovada cientificamente. Bruna ressalta que ainda não há evidências que liguem o aminoácido a melhora no desempenho ou no ganho de massa muscular.  

“A prescrição da suplementação de glutamina para atletas de alta performance se deve ao fato de que utilizam bastante a glutamina produzida pelo próprio organismo, pois os músculos se utilizam desse aminoácido durante os treinos, podendo causar uma deficiência da glutamina no intestino e para produção de células do sistema imunológico. Daí a necessidade de consumirem boas fontes de proteína (fontes de glutamina) e suplementarem, se for o caso”, esclarece. 
Bruna Carvalho
Nutricionista