A partida repentina de Rita de Cássia ativou memórias afetivas de diferentes nomes do forró. Quem nos contou uma dessas narrativas com a forrozeira foi o apresentador TonyNunes. Em 1990, eles tiveram o primeiro encontro após uma apresentação musical em Alto Santo (CE). Na época, o comunicador também era cantor.
Ao término de um show em um circo, na cidade natal da compositora, Tony Nunes, com pouco mais de 23 anos, foi abordado por Rita de Cássia com um caderno de composições.
"Quando terminou o show, fui procurado por aquela jovem alta, com brilho nos olhos, querendo falar comigo. Se apresentou, disse que era minha fã e disse que gostaria que eu gravasse uma música dela", lembra Tony Nunes.
Veja depoimento de cantor:
Durante a conversa, ele recebeu a letra em uma folha comum de papel e guardou. "Botei a música no bolso e vim me embora para Fortaleza e nunca me preocupei nem de olhar. Eu até brincava com a Ritinha, com a história dessa música. Muito tempo depois, fui ver a música e a Eliane estava estourada com ela", revelou o apresentador.
Daquela música perdida, a amizade entre Rita de Cássia e Tony Nunes seguiu firme. Em diferentes ocasiões, ela participou do programa "Forrobodó", programa do comunicador na TV Diário.
Como morreu Rita de Cássia?
A compositora e cantora cearense Rita de Cássia, conhecida por ser autora de clássicos do forró eletrônico como "Meu Vaqueiro, Meu Peão" e "Saga de Um Vaqueiro", morreu na noite do dia 3 de janeiro de 2023, em Fortaleza.
Ela nasceu em Alto Santo, no Vale do Jaguaribe, e tinha 54 anos. Rita estava internada em uma Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital privado. A artista lutava contra o diagnóstico defibrose pulmonar.