A cantora Marília Mendonça, 26, vítima de um acidente aéreo ocorrido nesta sexta-feira (5), deixa um grande legado para o gênero sertanejo. Nascida em Cristianópolis (GO), ela começou a escrever sobre sofrência e superação amorosa aos 12 anos. Ao assumir a carreira como cantora, alcançou números expressivos nos principais apps de música.
Marília Mendonça foi um dos nomes do chamado "feminejo" a mostrar nas composições que a mulher pode beber, trair, não ser vítima de homem nenhum e assumir o controle dos relacionamentos.
YouTube
22 milhões de inscritos
13,5 bilhões de visualizações
Spotify
18,5 milhões de seguidores
8,2 milhões de ouvintes mensais
Deezer
9.796.753 fãs seguidores
Instagram
38,3 milhões de seguidores
Produção musical
- 7 álbuns (entre solos e colaborações
- 11 prêmios
- Disco de tripla platina com "Todos os Cantos"
- Live mais visualizada do mundo (2020): 3,3 milhões de acessos
*Dados coletados nesta sexta-feira (5) - Deezer, Spotify, YouTube e Instagram
As dores de amor registradas nas letras assinadas por Marília Mendonça foram bem recebidas no mercado ainda na adolescência da goiana.
Cristiano Araújo, também vítima de um acidente, gravou “É Com Ela Que Estou” em 2014. Em seguida, Henrique e Juliano entraram em estúdio pelas canções “Cuida Bem Dela” e “Até Você Voltar”. Jorge e Mateus acompanharam os grandes nomes do segmento e apostaram na composição “Calma” da jovem compositora.
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O ano de 2015, momento em alta do sertanejo universitário em todo o País, foi o ano mais importante de Marília Mendonça. Ela se lançou como cantora com ajuda de amigos. Ao lado de Henrique e Juliano, no hit "A Flor e o Beija-Flor", ela assumiu os palcos.
Em 2016, a ascensão musical fez a sertaneja lançar o primeiro álbum e DVD, "Marília Mendonça: Ao Vivo". “Infiel”, “Alô, Porteiro“, e “Sentimento Louco“ ecoaram nas rádios de todo o Brasil. O estourou musical logo levou a sertaneja a participar de programas nacionais, como o almejado "Domingão do Faustão".
Quebrando padrões de biotipo e de voz, a sertaneja se tornou exemplo para jovens compositores que tinham medo de se revelar como cantores. Depois de Marília Mendonça, centenas de jovens assumiram a voz das próprias letras.
No momento mais crítico no mundo artístico, causado pelo avanço da Covid-19 em 2020, a sertaneja Marília Mendonça conseguiu superar a paralisação de eventos.
A cantora chegou a ter a live considerada a mais assistida no YouTube no mundo. A transmissão de "Live Local Marília Mendonça", no dia 8 de abril, atingiu 3,2 milhões de visualizações simultâneas. A goiana bateu o recorde da dupla Jorge e Mateus, que haviam somado 3,1 milhões.
"Como era um mercado novo, a gente não sabia o que iria acontecer. Eu estava muito nervosa como se fosse gravar um DVD. Quando falaram que batemos o recorde, aí me empolguei e decidi ficar mais de três horas no ar”, declarou a sertaneja em entrevista "Mais Você", em abril de 2021.
Segundo a gravadora Som Livre, ela passou os Beatles em números de seguidores no Spotify. Com 18,5 milhões de fãs no serviço de streaming de músicas e podcasts, a rainha da sofrência tem mais seguidores que nomes como AC/DC, Katy Perry, Sia, Linkin Park, The Chainsmokers, Kendrick Lamar e Michael Jackson.
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Segundo informações também da gravadora da cantora, ela foi a artista mais seguida no streaming no Brasil, e alcançou o 41ª posição no ranking mundial. Em 2020, Marília foi a artista mais ouvida do Spotify no País, repetindo a posição de 2019. Uma das músicas mais escutadas foi a canção "Supera - Ao Vivo".