O Bahia demitiu o técnico Dado Cavalcanti e, como é de costume, vários nomes já começaram a ser cogitados para assumir o posto. Como sempre, as mesmas figuras carimbadas brasileiras surgiram como opção: Dorival Júnior, Jair Ventura e por aí vai. Até mesmo Rogério Ceni foi especulado.
Técnicos que têm uma história interessante em times do eixo Sul e Sudeste e que sempre são colocados como preferências quando o assunto é assumir um emergente ou nordestino.
E muitos deles até são tentados pelas diretorias dos clubes. E por vezes, no bom cearense, 'botam banca' para trabalhar na região, enquanto facilmente aceitam encarar as chamadas equipes do G-12, muitas delas em condições inferiores às equipes nordestinas.
Um basta
Pois bem, após o Fortaleza dar seu grito de liberdade ao contratar Juan Pablo Vojvoda, o Bahia foi mais uma equipe que saiu da caixinha e contratou o argentino Diego Dabove. Treinador com estilo diferente do treinador leonino, mas que tem bom histórico em times emergentes e, muito provavelmente, chega por quantias inferiores aos profissionais brasileiros medianos sempre especulados.
Ah, quer dizer que treinador brasileiro não presta? Não é isso. Existe muito treinador de qualidade no Brasil. O problema é quando a vaga surge em um nordestino. O próprio Fortaleza foi um exemplo. Após a saída de Enderson Moreira, tentou Roger Machado, Fernando Diniz, Tiago Nunes, sempre com respostas negativas. Um segundo escalão até topa trabalhar no Nordeste, mas por quantias altas.
O mercado condicionou as equipes do Nordeste a buscarem alternativas fora do País. E a resposta está sendo dada, com bons novos nomes executando bons trabalhos. O mercado se ampliou e aumentou a concorrência entre treinadores. Futebol nordestino deu a resposta e agora deve ser visto com outros olhos.