“Um sonho que Liberta”. O tema do filme do Fortaleza traduz bem o sentimento não só do torcedor, mas dos jogadores também. Acredito que 8 anos foram dolorosos, chegar próximo do objetivo, criar expectativas ao torcedor. Castelão sempre estava lotado em decisões e fracassar. O medo, ansiedade, a falta da qualidade técnica em alguns momentos... essas podem ser algumas situações da falta do sucesso em acessos.
Acesso. A palavra persistiu durante esses anos, para muitos torcedores o “acesso à série B”, representava alívio, mas a dor e a permanência na terceira divisão faziam parte de cenário que parecia não querer sair.
Nem tudo na vida é permanente e um dia a situação muda. A chave virou em 2017 e a partir desse ano um caminho vitorioso, nem o mais otimista do torcedor imaginaria dos frutos que seriam colhidos, os anos dolorosos se transformaram em conquistas, um título brasileiro, por consequência uma Série A. O retorno à elite com alguns deslizes, mas permaneceu. O torcedor só queria se livrar do rebaixamento e esquecer a situação difícil que assombrava. Só que aquela área risco nem amedrontou mais, a ansiedade agora é pela disputa por espaço em competições internacionais.
Se eu contasse essa história para alguém leigo do futebol, possivelmente não acreditaria que seria possível. Chegar a ser destaque nacional, apresentar uma campanha que credenciou o Fortaleza como melhor nordestino na era dos pontos corridos, algo que parecia ser tão distante e hoje “ali” diante dos olhos do torcedor.
E nesta sexta-feira (25), o tão esperado sorteio da fase de grupos da Taça Libertadores da América, pela primeira vez na história da competição um representante cearense.
Aquele Fortaleza, desacreditado pelos dolorosos anos na série C, hoje disputará o maior torneio de clubes da América do Sul.
Hoje o torcedor realiza um sonho (que parecia impossível há alguns anos) e bem acordado vai acompanhar seu time na Libertadores.Torcedor, não precisa pedir pra alguém te beliscar não, você não está sonhando, hoje seu time vive outra realidade.