A vitória do Ceará na estreia da Série A de 2021 é uma nova demonstração de força das categorias de base alvinegra. Na Arena Castelão, o clube usou cinco atletas revelados na Cidade Vozão, em Itaitinga, e venceu por 3x2 o Grêmio, atual campeão gaúcho e até então com 13 jogos de invencibilidade.
O processo envolve coragem e confiança da comissão técnica, de fato. Mas atravessa ainda o êxito da metodologia de formação, do DNA concedido desde os primeiros passos como profissional a fim de entregar rendimento quando exigidos. Não à toa, o Ceará é dono da melhor base do Nordeste.
Por isso, as escolhas pelo zagueiro Gabriel Lacerda (21), os laterais Kelvyn (22) e Buiú (25), além do atacante Rick (21). Quando necessitou do resultado, João Victor (17) foi convocado e não sentiu a pressão de estrear no Brasileirão: chamou a responsabilidade e foi incisivo nos lances.
Isso, com o goleiro André Luiz (21), o zagueiro Alan (21) e o volante Geovane (21) como opções. Assim, mais um passo de maturação foi concedido em Porangabuçu. E sempre que existiu chance, a vontade sobrou em campo.
Para a base, cada partida parece ser uma final. Do hino alvinegro “Ceará tua glória é lutar”, se extrai o choro de Buiú ao término do jogo - da emoção da atuação e da tensão de quase ser injustiçado pela arbitragem. Ou mesmo de Rick, que tratou a partida como o “jogo da minha vida”.
Aos poucos, a base ganha novos status. E o Ceará segue construindo o presente com o futuro.