Brasil volta a perder para o Uruguai após 22 anos e amarga sequência negativa nas Eliminatórias

Seleção havia sido derrotada pelos uruguaios pela última vez em 2001

Legenda: Brasil enfrentou muitas dificuldades diante do Uruguai.
Foto: Vitor Silva / CBF

Na noite desta terça-feira (17), o Brasil conheceu o seu segundo tropeço em sequência nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Diante do Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu, os comandados de Fernando Diniz foram derrotados por 2 a 0. Darwin Núñez e Nicolás de la Cruz marcaram os gols da Celeste Olímpica, que quebrou um tabu de 21 anos sem vencer a Seleção Brasileira.

Com o resultado, o Brasil cai para a terceira posição na tabela de classificação, com 7 pontos ganhos em quatro jogos disputados. Já o Uruguai chegou aos mesmos 7 pontos, mas supera a seleção canarinha nos critérios de desempate, e ocupa o segundo lugar das Eliminatórias.

PRÓXIMAS RODADAS

O Brasil volta a entrar em campo pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 apenas em novembro. No dia 16, a Seleção encara a Colômbia, fora de casa, às 21h, no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla. Na rodada seguinte, o time de Fernando Diniz recebe a Argentina, no dia 21, às 21h30, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Já a seleção uruguaia enfrenta a Argentina, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, também no dia 16, às 21h. No jogo seguinte, os uruguaios recebem a Bolívia, no Centenario, em Montevidéu, às 20h30, também no dia 21. 

O JOGO 

A partida começou com ares de tensão e constantes reclamações contra a arbitragem venezuelana. O Uruguai foi mais incisivo e pressionou a saída de bola, à la Diniz, da seleção brasileira, criando perigo nas proximidades da área. O Brasil produzia descidas esporádicas ao ataque, sempre em velocidade, tendo Vinícius Júnior como protagonista. Os dois times sequer chutavam a gol.

A seleção brasileira teve muitas dificuldades para reter a posse de bola ofensivamente e fez um jogo centrado em um único atleta ao longo do primeiro tempo. Se ante a Venezuela, Neymar tomou os holofotes para si, em Montevidéu foi Vini o regente da equipe. Desse modo, os momentos mais agudos do Brasil se reduziram a jogadas individuais. A marcação forte dos uruguaios, com passes interceptados e faltas excessivas, também impediu que o Brasil conseguisse encontrar soluções e boicotou a criatividade da seleção.

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Legenda: Duelo acontece no Estádio Centenário, em Montevidéu.
Foto: Vitor Silva / CBF

A proatividade uruguaia gerou bons frutos, ainda que no apagar das luzes da etapa inaugural. Em uma jogada pela esquerda, Maxi Araújo, em velocidade, ganhou da marcação e fez o cruzamento. Marquinhos errou na marcação, e Darwin Núñez anotou de cabeça o primeiro gol do jogo, na primeira finalização do duelo.

Neymar que vinha tendo uma atuação completamente apagada, se lesionou logo após o gol. O atacante torceu o joelho esquerdo e precisou ser substituído, saindo amparado pelos médicos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A suspeita é de uma contusão grave, mas exames de imagem poderão atestar o que ocorreu.

Com Richarlison no lugar de Neymar, Diniz tentou aumentar a presença brasileira no setor de ataque, recuando Gabriel Jesus e deixando o atacante do Tottenham como referência. Dada a desvantagem no placar, a seleção se soltou um pouco mais, mas ainda faltou objetividade. Repetindo o roteiro dos jogos com Venezuela e Peru, o Brasil apostou nos cruzamentos e bolas paradas.

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Legenda: Neymar saiu de campo lesionado ainda no primeiro tempo.
Foto: Vitor Silva / CBF


Aos 24 minutos do segundo tempo apareceu o lance mais perigoso brasileiro contra a meta uruguaia. Rodrygo bateu falta de longe e a bola carimbou o travessão. Diniz abriu mão do lateral Yan Couto e colocou o atacante David Neres em campo. O efeito pouco pôde ser sentido, porque logo o Uruguai ampliou o placar.

Após cobrança de lateral em direção à grande área, os zagueiros do Brasil se atrapalharam e permitiram que Núñez, caindo, pudesse achar De la Cruz no meio da área. O meia do River Plate, que desperta interesse de Palmeiras e Flamengo, só teve o trabalho de estufar a rede em Montevidéu. Empolgados, os torcedores uruguaios passaram a gritar "olé" a cada vez que a equipe celeste tocava na bola.

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