O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo de Defesa do Desporto e do Torcedor (Nudtor), solicitou à Federação Cearense de Futebol (FCF) nesta segunda-feira (30) que o Clássico-Rei do Campeonato Cearense seja realizado com torcida única. Por ser mando de campo do Ceará Sporting Club, apenas torcedores alvinegros poderiam ingressar no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE).
A determinação do MPCE tem aval da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS). O confronto está marcado para 7 de fevereiro (terça-feira), às 21h35 (horário de Brasília). O órgão ainda determinou que a capacidade máxima do Estádio Presidente Vargas para a partida seja de 15 mil torcedores.
Em nota, o MPCE salientou que a decisão é circunstancial e pontual para a partida do dia 7 de fevereiro.
O órgão pontuou as ações visam minimizar o risco de confronto entre as torcidas. Dentre os argumentos, está também a ausência de Clássico-Rei no Estádio Presidente Vargas nos últimos 10 anos.
Veja nota do Ministério Público do Estado do Ceará
"O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo de Defesa do Desporto e do Torcedor (Nudtor), encaminhou ofício, nesta segunda-feira (30/01), para a Federação Cearense de Futebol com a determinação da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) para que o Clássico-Rei do dia 7 de fevereiro seja realizado com torcida única, somente com o público do time mandante (Ceará). Além disso, o órgão de segurança definiu público máximo de 15 mil torcedores para o jogo entre Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube no Estádio Presidente Vargas.
O referido plano foi submetido a avaliação do Nudtor e aprovado por unanimidade. Conforme ofício do órgão ministerial, as medidas serão circunstanciais e pontuais e serão aplicadas somente para a partida em questão. Segundo a SSPDS, as ações objetivam minimizar os altos riscos envolvendo violência por parte das torcidas no local e no entorno do estádio.
Dentre os fatores apontados pelo Nudtor que põem em risco a segurança do evento esportivo estão a não realização do Clássico-Rei no estádio Presidente Vargas em 10 anos; o registro de ameaças entre torcedores; rivalidade histórica entre as torcidas de ambos os clubes; proximidade física entre torcedores rivais dentro do estádio; aglomeração da torcida do Ceará como mandante; momento histórico dos clubes; entre outros."
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