Aos 12 anos, Bruninho está sendo representado pela avó materna em mais uma tentativa de conseguir reparação financeira pelo assassinato da mãe
Bruninho, filho do goleiro Bruno Fernandes Souza e de Eliza Samudio, processa o pai pelo assassinato da mãe, ocorrido em 2010. O menino de 12 anos pediu indenização por danos morais e materiais no valor estimado de R$6 milhões. Ele é representado pela avó materna, Sônia Moura, com quem vive.
O processo foi registrado na 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul. As informações são do site Hugo Gloss após divulgação, na última sexta-feira (16), pelo Notícias da TV.
Esta é mais uma tentativa de Bruninho e Sônia para conseguir reparação financeira do ex-jogador do Flamengo pelo assassinato de Eliza. Nos autos do processo, o menino pediu pagamento mensal de pensão até que ele complete 25 anos, em um valor a ser definido pela Justiça.
Também solicitou indenização por danos morais de R$6,4 milhões, para ser paga imediatamente após a sentença. A quantia deve ser depositada na conta da avó de Bruninho.
Sônia, por sua vez, chegou a entrar com um pedido de prisão contra Bruno recentemente por ele não pagar a pensão alimentícia ao filho. Oficiais de justiça tentaram intimidar o jogador três vezes nas últimas semanas, mas o endereço informado no cartório de execução penal não foi encontrado.
"Valor muito alto"
A defesa do ex-jogador argumentou que o valor reivindicado seria muito alto para o atual momento de vida dele. Além disso, o advogado requisitou a tutela antecipada para impedir penhoras de bens. A justificativa foi de que ele não teria mais nada para ser leiloado.
O pedido não foi aceito pelo juiz Daniel Della Ribeiro, responsável pela ação. O magistrado determinou que a defesa recolhesse testemunhas para provar o argumento.
Já para evitar a prisão solicitada por Sônia, Bruno deveria pagar R$90 mil ao filho. A defesa de Sônia e Bruninho afirmou que o criminoso fez uma "vaquinha" online para tentar adquirir o valor.
A atual esposa do ex-goleiro, Ingrid Calheiros, teria usado as redes sociais para divulgar a iniciativa. Porém, o montante de mais de R$20 milrecolhidos nunca chegou ao menino ou à representante legal dele.
Relembre o caso do goleiro Bruno
Bruno foi condenado a 22 anos e três mesespelos crimes de assassinato e ocultação do cadáver de Elisa, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, recém-nascido à época do crime. A condenação ocorreu em 2013.
Durante a investigação, o primo do jogador revelou que a vítima havia sido esquartejada e as partes do corpo dela foram dadas para cachorros comerem.