Executivo de futebol do Ceará avalia contratações e início de 2024: 'há margem para melhora'

Lucas Drubscky chegou ao clube em novembro de 2023

Legenda: Lucas Drubscky, executivo de futebol do Ceará.
Foto: Felipe Santos/Ceará SC

O Ceará iniciou 2024 com a tônica de reformulação. As principais mudanças ocorreram no Departamento de Futebol, entre elas a chegada de Lucas Drubscky. Passado um terço da temporada e cinco meses como executivo da área no Alvinegro, o profissional avalia o início da temporada, as contratações realizadas e ressalta a importância da autonomia dada para o trabalho. Além dele, Haroldo Martins (diretor de futebol), João Paulo Sanches (coordenador de futebol), Ricardinho (assessor de futebol) formam a pasta.

O Alvinegro reformulou praticamente todo o elenco. Ao todo, foram 14 contratações. O time comandado por Vagner Mancini, aos poucos, tem ganhado forma. A equipe voltou a conquistar o título do Cearense, que não vinha desde 2018. Diante de mais de 57 mil pessoas, venceu o maior rival, o Fortaleza, em disputa de pênaltis na Arena Castelão. 

"Até aqui, a gente está de certa forma satisfeito. Não estamos plenamente realizados, óbvio que não, mas até aqui a gente tem tido bons indícios de que esse elenco que nós montamos é muito forte, tem dado boas respostas. Não só pela conquista do título do Cearense, que foi muito importante para todos no clube. Mas, até em termos de evolução, a gente identifica que esse grupo que aqui e está ainda tem um gap de evolução muito grande. Por todos os outros aspectos, além do técnico especificamente falando", disse. 

"As questões de liderança, de maturidade, de entendimento, de responsabilidade, de capacidade de absorver responsabilidade de gerir isso e replicar em performance. O que esse grupo tem conseguido fazer tem sido fantástico e tem nos agradado até aqui. Nem tudo está perfeito, há muita margem para melhora e estamos convictos de que estamos no caminho certo", completou.

AUTONOMIA

O dirigente, que já passou por Cruzeiro, Bahia e Guarani ressalta a importância da autonomia dada para a realização do trabalho. 

"A gente consegue profissionalizar o processo de tomada de decisão e de implementação de ideias de uma maneira muito mais fácil. O Ceará é um clube que, disparado, eu tenho mais autonomia para trabalhar de todos que trabalhei. Os resultados têm sido muito bons em relação a isso. O respaldo dado tanto pelo Haroldo (Martins), que está junto com a gente no dia a dia, validando as situações e comandando o departamento. Tanto do presidente também, João Paulo Silva, que apoia desde o primeiro dia de trabalho. Todas as requisições e ideias que o departamento de futebol defende e valida, ele não mede esforços para atender. É a maneira que eu acho ideal para se gerir um departamento de futebol, principalmente de um clube do tamanho e da importância do Ceará", ressalta.

EVOLUÇÃO DO GRUPO

Em 18 partidas disputadas, entre Campeonato Cearense e Copa do Nordeste, o Alvinegro soma oito vitórias, oito empates e duas derrotas. Antes de ser eliminado pelo Sport nas quartas de final do torneio regional, vinha de uma sequência de sete partidas sem derrotas. Agora, o Ceará foca na estreia da Série B de 2024. O maior objetivo do clube é o acesso para a Série A do Brasileiro. A equipe inicia a caminhada contra o Goiás, neste sábado (20), na Arena Castelão. 

"É um grupo muito mais ajustado, muito mais maduro do que era no dia 1 do trabalho. Isso muito por mérito da comissão técnica, comandada pelo Mancini, mas também pela capacidade que esse grupo tem de assimilar e assumir o compromisso com o clube. Ajudou muito a ter também essa reconexão com a torcida, da maneira como tem sido. Acho que a torcida tem conseguido se reconhecer no elenco, nos jogadores que entram em campo para defender o Ceará. Como um torcedor gostaria de defender a camisa do Ceará caso estivesse dentro de campo. Essa empatia elenco com torcida tem sido fundamental nessa sinergia. Conquistamos o primeiro objetivo mas, como falei, muito em parte por esse amadurecimento em um tempo muito curto", finalizou.

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