CBF divulga áudio de pênalti marcado do Palmeiras contra o Fortaleza; Wilson Seneme não vê erro

Wilson Seneme diz que lance é "interpretativo" e absolve árbitro da partida pela Copa do Brasil

Legenda: Seneme avalia o lance do pênalti marcado para o Palmeiras contra o Fortaleza
Foto: Reprodução / CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio do VAR da marcação do pênalti para o Palmeiras contra o Fortaleza. A partida, vencida pelo Palmeiras por 3 a 0, foi disputada na última quarta-feira (17), no Allianz Parque pela Copa do Brasil, mas apenas nesta terça-feira (23), a entidade disponibilizou o áudio do polêmico pênalti marcado, em análise feita por Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Wagner do Nascimento Magalhães deu a penalidade no campo, para em seguida o VAR revisar. No áudio, é possível ouvir os árbitros da cabine do VAR analisando o lance e em seguida, dando o aval para árbitro dar a penalidade.  No referido lance, Rony, do Palmeiras, participa de lance com Caio Alexandre, do Fortaleza, aos 6 minutos do 1º tempo.

Audio do VAR:

"Possível Falta"
"Quem tocou na bola foi o Rony"
"O defensor chuta ele até antes dele chutar a bola, na panturrilha"
"Penal confirmado".

Seneme não vê erro em marcação

Em análise após ver os lances com as câmeras do VAR e o áudio, Wilson Seneme não viu erro em marcação de pênalti do Palmeiras contra o Fortaleza. Ele afirmou que o lance é "interpretativo".

"É uma jogada difícil e interpretativa. Quando temos um alto grau de dificuldade nas jogadas, nós, após os jogos, conversamos com os árbitros. Vou confidenciar a conversa que tivemos com o Wagner. Perguntando exatamente: "Wagner, o que você marcou no campo de jogo?" Ele comenta que vê o jogador do Palmeiras tocar a bola, e o do Fortaleza bater com a perna na perna do jogador do Palmeiras, de maneira imprudente. É possível ter essa análise? É possível", analisou Seneme.


Posição do árbitro de campo

Seneme continua destacando uma possível falta de Rony em Caio Alexandre, quando o atacante chega por trás para roubar a bola. Na visão do ex-árbitro, o defensor do Fortaleza não sofre falta.

"Uma coisa é certa, o Wagner está muito bem posicionado. Ele toma o tempo para decidir. Quando ele fala “nada, nada”, ele está se referindo à jogada anterior, de uma possível falta no defensor. Para ele, é nada. Na nossa visão, o defensor não viu o Rony chegar por trás, portanto não está preparado para o contato físico. Quando domina e recebe o contato, na nossa visão, é de jogo. Na sequência, quem joga a bola é o Rony".


E o VAR?

O presidente da Comissão de Arbitragem, explicou o motivo para que Wagner do Nascimento Magalhães não tenha ido até a cabine do VAR rever o lance.

"Também é possível interpretar isso como uma não infração? Eventualmente, sim. Mas na minha visão, o árbitro tem total respaldo, pelo posicionamento e áudio que abre com o VAR. Por que o VAR não chama para ver? O VAR escuta o que o árbitro fala e precisa de elementos, de alguma evidência clara, que contradiga o que o árbitro falou. Nesse caso, não teve isso, ao contrário, viu exatamente o que o árbitro narrou: o contato da perna do defensor com a do atacante. Se ele chamasse para uma revisão, ele mostraria ao árbitro exatamente o que ele viu em campo".

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