Após uma campanha com 100% de vitórias em 13 jogos, a seleção feminina de vôlei do Brasil foi derrotada pelo Japão neste sábado (22). As equipes se enfrentaram na semifinal da Liga das Nações de Vôlei. As adversárias venceram em jogo acirrado, por 3 sets a 2 (26/24, 20/25, 25/21, 22/25 e 15/13). As japonesas enfrentam Itália, que venceu a Polônia na outra semifinal. O Brasil disputa o terceiro lugar na Liga das Nações contra a Polônia neste domingo.
Como esperado, o Japão começou bem sólido na defesa e logo abriu uma vantagem de 7 pontos. O técnico Zé Roberto Guimarães que havia começado a partida com Roberta, Rosamaria, Gabi, Ana Cristina, Thaisa e Carol, além da líbero Nyeme, resolveu mudar a equipe. Ele colocou Tainara, Macris e Júlia Bergmann, que entrou muito bem na partida. Bergmann foi a maior pontuadora na primeira parcial com 7 pontos.
A seleção brasileira reagiu quando o placar marcava 15 a 8. Com Macris no saque, foram 6 pontos na sequência até o Japão voltar a marcar e fazer 16 a 14. O Brasil seguiu na recuperação até ter pela primeira vez no partida vantagem no placar: 18 a 17.
O momento parecia muito propício ao Brasil, que chegou desperdiçou três sets points. O Japão manteve a calma, conseguiu se manter vivo e fechou o set na primeira oportunidade que teve: 26/24.
A equipe asiática também começou a segunda parcial com vantagem no placar. Zé Roberto manteve Macris e Júlia Bergmann em quadra, mas voltou com Rosamaria no lugar de Tainara. A decisão se mostrou acertada, já que Rosamaria conseguiu elevar seu nível de jogo.
O Brasil passou a liderar o placar no 12 a 11. Diferentemente do primeiro set, quando vacilou na hora de fechar a parcial, o Brasil mostrou concentração e tranquilidade e fez 25 a 20 e empatou a semifinal em 1 set a 1. O ponto decisivo foi marcado pela capitã Gabi, que também teve um desempenho bem melhor na segunda parcial. Júlia Bergmann novamente terminou como a maior pontuadora, com 7 pontos no set.
O Japão aproveitou um momento de desconcentração da seleção brasileira e abriu uma vantagem confortável no final do terceiro set: 22 a 17. O Brasil conseguiu reagir e diminuiu a vantagem para 22 a 21. As asiáticas retomaram o comando do jogo e fecharam em 25/21.
Precisando vencer para se manter vivo na partida, o Brasil começou muito bem o quarto set e abriu 6 a 0. O Japão chegou a empatar o set em 10 a 10 e 21 a 21, mas em nenhum momento esteve à frente no placar. Júlia Bergmann saiu no meio do set e recebeu tratamento na panturrilha esquerda, e Ana Cristina entrou em seu lugar. A seleção forçou o tie-break ao marcar 25/22.
No set decisivo, o Japão aproveitou erros do Brasil e logo abriu 4 a 0. A seleção brasileira viu as rivais abrirem 7 a 2, mas conseguiu equilibrar o jogo e ficou um ponto atrás das japonesas até empatar em 9 a 9. A partir deste momento, os times foram se alternando no placar até o Japão aproveitar um erro de recepção e marcar 13 a 11. O Japão fechou o jogo com um bloqueio para fora do Brasil.
"No final foram detalhes que definiram o jogo", afirmou Rosamaria à Sportv. "É até difícil raciocinar no calor do jogo."