Placar mínimo deixa o confronto em aberto para o jogo de volta no sábado, por uma vaga na decisão do Estadual
Quem esperava um Fortaleza dominante no Clássico das Cores e um Ferroviário acuado, só se defendendo, se surpreendeu com o jogo nesta terça-feira no Castelão. A postura coral de atacar desde o inicio e pressionar a saída de bola do Leão, marcando forte, não permitiu ao time de Vojvoda espaços para criar.
E como o futebol do Fortaleza foi burocrático, voltando a a ser aquele já apresentado no jogo de ida das quartas de finais contra o Pacajus, quando também venceu por 1 a 0, o Ferroviário se aproveitou disso, sendo melhor no 1º tempo. Mas desperdiçou as chances que teve e viu o Tricolor de Aço ser mais efetivo na oportunidade que teve.
Apagado
Ofensivamente a equipe leonina não esteve bem, com suas peças ofensivas apagadas, como Robson e Moisés. Além de pouco acionados, pouco conseguiram em jogadas individuais.
Os escapes ofensivos também pouco funcionaram, exceto no lance de oportunismo de Pikachu, autor do gol aos 40 do 1º tempo.
No mais, o Fortaleza, que já em 2022 mostrou mais repertório em triangulações, tabelas e forte nos duelos um contra um, não produziu nada parecido no Clássico das Cores. Até a defesa, geralmente segura, mostrou-se desconcentrada em alguns momentos.
E isso facilitou para o time coral, que mesmo com um time inferior tecnicamente, fez um jogo parelho enquanto teve fôlego. Destaques para as boas atuações de Dudu e Mauri no meio, Wandson e Cariús no ataque.
Não arriscaram
Na etapa final de jogo, ficou nítido que o Fortaleza estava satisfeito com a vantagem conseguida, sem mostrar gana para ampliar o placar. Já o Ferroviário, pelo gol que sofreu, preferiu não se arriscar mais, com receio de levar outro e comprometer o jogo de volta.
O placar deixa o confronto em aberto, com a vantagem do empate para o Fortaleza para sábado, que não deve repetir a atuação sonolenta desta terça-feira, apresentando mais gana e repertório. Para os corais, será preciso outra boa atuação como no 1º tempo, mas aproveitar as chances que cria e ter fôlego para pressionar será um desafio.