Análise: Ceará foi competitivo e vitória escapou por detalhe

Alvinegro é superior fora de casa, cria mais que o Arsenal na Argentina, mas desperdiça as chance que teve

Legenda: O Ceará encarou o Arsenal na Argentina e esteve mais perto da vitória
Foto: Fausto Filho / Ceará SC

Analisando o cenário para uma classificação na Sul-Americana, quando apenas o líder do grupo avança, o Ceará vencer o Arsenal de Sarandí na Argentina seria muito importante. Afinal, os dois jogos seguintes fora de casa serão na altitude boliviana, primeiro em La Paz e depois em Cochabamba. 

Pensando assim, o empate sem gols não foi um excelente resultado, mas dentro do contexto do jogo, primeiro jogo fora do País, contra um time competitivo da escola argentina, foi aceitável e a apresentação alvinegra muito digna.

O Ceará foi muito competitivo e buscou a vitória o tempo todo no estádio argentino. Criou mais chances - Mendoza, Gabriel Dias, Saulo Mineiro criaram as melhores - e foi duro quando preciso no duelo mental e físico contra os experientes argentinos.

Não faltaram divididas duras no jogo, era esperado que fosse assim pelo estilo de jogo do Arsenal, mas o Ceará em nenhum momento se intimidou. Jogou duro, fez faltas duras, mas jogou futebol e isso foi o mais importante.

Tirando os 15 minutos iniciais de nervosismo pela estreia fora de casa em uma competição sul-americana, o Ceará fez o que se esperava dele. Botou a bola no chão quando colocou os nervos no lugar e foi controlando o jogo.

Atuações

Com mais cadência e paciência do que o normal, o Alvinegro construía suas jogadas com boa leitura de jogo, tendo como Vina seu distribuidor de jogadas, Lima e Mendoza acionados pelas pontas e sendo muito perigosos.

Na fase defensiva, os volantes Charles e Oliveira fizeram uma partida monstruosa, digna de nota pela qualidade defensiva, protegendo muito bem o meio-campo e saindo bem para o jogo. 

Atacante Mendoza corre na lateral de campo
Legenda: Mendoza criou chances, mas não conseguiu balançar as redes do Arsenal
Foto: Fausto Filho/Ceará

Nas laterais, Gabriel Dias e Pacheco marcaram bem e saíram à frente na medida certa. 

A dupla de zaga foi outra vez precisa com Luiz e Messias, muito exigida no jogo aéreo do Arsenal, diferente de Richard, que não precisou fazer nenhuma defesa difícil.

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Panorama

A impressão foi que se o desgaste físico não pesasse tanto na reta final do jogo, o Alvinegro poderia ter vencido no Julio Grondona.

Talvez por isso o empate tenha frustrado, pelo domínio apresentado pelo Ceará. Mas com um time competitivo e melhor do que Arsenal, Bolívar e Jorge Wilstermann, as chances de alcançar a classificação como líder da chave são boas. Mas uma coisa é certa, esse Ceará vai competir e lutar até o último minuto do último jogo do grupo.


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