Avanço do coronavírus no Estado do Ceará preocupa Fernando Prass: 'a gente está no escuro'

Mesmo na paralisação das atividades, o goleiro alvinegro segue treinando em casa para manter a forma física

Legenda: Fernando Prass chegou ao Ceará em 2020 e assumiu a titularidade
Foto: Foto: Thiago Gadelha/SVM

O mundo inteiro está em alerta por conta da pandemia do coronavírus. Há, porém, os locais que concentram maior número de infectados e geram mais preocupação. No Brasil, o Ceará está entre os estados com mais casos confirmados, e Fortaleza foi apontada como a cidade com maior incidência de Covid-19 no País, segundo o Ministério da Saúde. Tais fatores geram temor ainda maior ao goleiro Fernando Prass, do Alvinegro.

Em entrevista ao Globoesporte.com, o camisa 1 do Vovô, que veio morar há pouco tempo no Estado, após ter sido contratado pelo Ceará, falou sobre a preocupação.

"O Ceará é o terceiro estado com mais casos, em números absolutos. Se for ver proporcionalmente em relação ao número da população, fica mais feio ainda. A gente está no escuro ainda, não tem quantidade de testes razoáveis. Aqui no Brasil não se sabe o real número de contaminados porque não se testa", disse.

Prass revelou que tem amigos que estão adoentados e fez ainda um alerta para que toda a sociedade brasileira leve à sério a gravidade da doença.

"Eu tenho dez amigos contaminados e dois fizeram testes porque tiveram sintomas muito graves e tiveram de ir para hospital. Vamos ter um sacrifício de todas as partes para tentar conter (a pandemia). Temos exemplos no mundo de que não é brincadeira. Posso até causar polêmica, mas não é um simples resfriadinho que falam, né? Um resfriado não mata 15 mil pessoas em 40 dias na Itália. Um resfriadinho não faz com que países como Itália, Espanha e Estados Unidos parem. Tenho amigos nos três, da Itália me mandam filmagem das ruas, e não tem ninguém. É toque de recolher mesmo", revelou.

Aos 41 anos, o goleiro está de quarentena em casa, com a família, e segue treinando para aprimorar a parte física, apesar do cenário de incertezas.

"O planejamento fica difícil porque não se sabe se pode dar uma carga de treino e voltar dia 20 ou se dá uma carga alta e no dia 20 dão mais dez dias de férias. Essa incerteza também mexe contigo, de não poder sair de casa, estar trancado. São coisas que infelizmente a gente tem de passar", lamentou.