Vacina contra a Covid-19 será anual para grupos prioritários, diz secretária do Ministério da Saúde

População será convocada para receber dose de reforço junto à habitual, contra a gripe. Processo começará em abril

Escrito por Redação ,
Enfermeira aplica vacina contra a Covid-19 em braço de homem
Legenda: A vacina será oferecida anualmente para o grupo prioritário, como idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde.
Foto: Camila Lima

Ethel Maciel, a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, afirmou, em entrevista exclusiva publicada pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (4), que a vacina contra a Covid-19 será incorporada ao calendário anual do Governo para o grupo prioritário — idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde.

Vacina anual contra Covid-19

De acordo com a gestora, a população deve ser convocada para receber doses da imunização contra o coronavírus junto às doses habituais contra a gripe. Possivelmente, ela diz, o processo terá início no próximo mês de abril.

Antes, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a vacina não fazia parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ela apenas foi incorporada ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

"Agora, efetivamente, a Covid entra no nosso Departamento de Imunização. O Ministério [da Saúde] acabou de receber uma compra grande de doses que, a princípio, daria para cobrir esses grupos prioritários", disse a secretária à Folha. Ela afirmou ainda que a ideia é que sejam beneficiados os mais vulneráveis com uma dose de reforço da vacina bivalente.

Veja também

Aumento da cobertura de vacinas

Contudo, não será apenas a cobertura vacinal contra a Covid-19 que receberá atenção do novo Governo. A gestora garantiu que, entre as prioridades da pasta, está o aumento da cobertura de todas as imunizações, e que a comunicação será central para reverter a resistência da população em se proteger das doenças.

"A gente tem o maior programa de imunização do mundo e sempre fomos exemplo. Infelizmente, estamos saindo dessa pandemia com essa imagem... acho que dizer 'arranhada' é muito pouco", comentou.

Os déficits na imunização infantil também se agravaram na gestão Bolsonaro. De acordo com a Folha, com base em um levantamento do Observatório de Saúde na Infância, a cobertura vacinal contra a poliomielite, por exemplo, em 2022, ficou em 71,97% no Brasil — em 2018, esse percentual era de 88,33%.

Assuntos Relacionados