Vacina contra a Covid-19 desenvolvida em Minas Gerais será testada em humanos

Serão recrutados mais de 400 voluntários para a pesquisa

Escrito por Redação ,
Cientista segura seringa e dose de vacina contra a Covid-19.
Legenda: Vacina será utilizada como dose de reforço.
Foto: Shutterstock

Vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira (3), para passar para a etapa de ensaio clínico, ou seja, de teste em humanos.

O estudo é financiado pela UFMG, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Prefeitura de Belo Horizonte.

De acordo com a Anvisa, os pesquisadores investigam a SpiN-Tec, uma proteína recombinante que utiliza a proteína SpiN, que é uma associação da porção RBD (Receptor binding domain) da proteína Spike (S) com a proteína do Nucleocapsideo (N). A região RBD interage diretamente ao receptor da célula hospedeira do coronavírus.

A ideia, conforme o coordenador do estudo, Ricardo Gazzinelli, é utilizar a vacina como dose de reforço à vacinação primária contra a doença, uma vez que parte significativa da população brasileira já está imunizada.

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Ensaio clínico 

O ensaio clínico será feito com homens e mulheres saudáveis, com idade entre 18 e 85 anos, que completaram o esquema vacinal primário com os imunizantes Coronavac ou Astrazeneca e que receberam uma ou duas doses de reforço com a Astrazeneca ou Pfizer há pelo menos seis meses.

A Anvisa informou que os testes serão aplicados na Faculdade de Medicina da UFMG e no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Ao todo, serão recrutados 432 voluntários para participar da pesquisa.

Os estudos só puderam avançar quando a agência reguladora analisou os resultados obtidos até o momento e concluiu que a vacina demonstra "perfil de segurança aceitável".

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