Surto de Hepatite A é registrado em Florianópolis; 113 casos já foram confirmados

Secretaria Municipal de Saúde busca conscientizar a população para a necessidade de adoção de práticas sexuais seguras

Escrito por Diário do Nordeste / Agência Brasil ,
Vacina hepatite A
Legenda: Florianópolis tem surto de Hepatite A
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Com 113 casos confirmados entre janeiro e setembro deste ano, Florianópolis emitiu alerta para um surto de Hepatite A na cidade, segundo informação do g1

Durante todo o ano de 2022, a cidade catarinense registrou apenas 11 casos da doença. 

Após o aumento dos casos, a Secretaria Municipal de Saúde busca conscientizar a população para a necessidade de adoção de práticas sexuais seguras.

O município também está buscando contemplar a população na vacinação contra Hepatite A e aguarda liberação pelo Ministério da Saúde.

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Formas de transmissão

A hepatite A, também conhecida como hepatite infecciosa, é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite e, geralmente, se manifesta como uma doença benigna. Conforme o Ministério da Saúde, no entanto, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

A transmissão ocorre pelo contato de fezes com a boca. A infecção, portanto, tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo. Pessoas que moram na mesma casa, contatos entre pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches, além de contato sexual, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, são situações com possível exposição ao vírus.

O ministério informa que não há tratamento específico para hepatite A, mas é importante evitar a automedicação para alívio dos sintomas, pois o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro.

Prevenção

O Ministério da Saúde lista algumas medidas de prevenção contra a hepatite A:

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

 

 

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