Repórter Gabriel Luiz recebe alta de hospital e diz que 'pior já passou'

Jornalista estava internado desde o dia 14 de abril após ser esfaqueado próximo da própria casa, em Brasília

Escrito por Carol Melo , carolina.melo@svm.com.br
Gabriel Luiz
Legenda: O comunicador chegou a ser tratado em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durante a estadia na unidade hospitalar
Foto: reprodução

O editor e repórter da TV Globo em Brasília, Gabriel Luiz, revelou que recebeu alta, nesta sexta-feira (6), após ser esfaqueado próximo da própria casa, na capital do Distrito Federal. Ele ficou mais de 20 dias internado em uma unidade hospitalar para tratar os ferimentos. 

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O jornalista usou as redes sociais para compartilhar a novidade. Em um vídeo, publicado no Twitter, ele comemorou a saída

"'Tava' torcendo tanto para que essa data viesse logo, para que a minha alta chegasse, e finalmente ela veio e tô meio que sem reação ainda, de tudo que 'tá' acontecendo. Foram dias difíceis, intensos, mas já passou," disse.

Gabriel Luiz estava internado na unidade de saúde desde o dia do ataque, 14 de abril, e chegou a ser transferido algumas vezes para um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Apesar da alta, o repórter da TV Globo explicou que terá que seguir com alguns tratamentos e cuidados, principalmente em relação à alimentação, já que o pâncreas, um dos órgãos atingido no episódio, ainda está em estágio de recuperação.  

"Tenho que continuar fazendo fisioterapia. Tenho que cuidar do meu pâncreas, que ainda está cicatrizando, por isso não posso comer coisa muito gordurosa, por mais que eu queira, mas não posso", detalhou.  

Apesar ainda não está totalmente recuperado, o jornalista frisou que o momento mais crítico já passou e que agora deseja aproveitar a nova chance de viver. 

"A notícia boa é que o pior já passou. Não tenho mais nenhum risco. Agora é viver, me agarrar a essa nova oportunidade que a vida está me dando."

Na gravação, ele ainda agradeceu o trabalho da equipe médica responsável pelo atendimento dele, além das mensagens de carinho e orações que recebeu ao longo do período de recuperação. "Tudo isso toca muito o meu coração. Estou sem palavras", confessou. 

Jornalista pensou que seria morto

Em depoimento à Polícia Civil, Gabriel Luiz relatou que pensou que os suspeitos queriam matá-lo e suplicou para eles pararem, conforme informações do Metrópoles.

“O Gabriel narrou que, pela quantidade de facadas que recebeu, ele disse que achava que queriam matá-lo. Ele recorda que estava com amigos no (bar) Potiguar (no Sudoeste). Não percebeu nada de estranho, ninguém seguindo. Quando ele estava chegando à residência, foi perseguido. Tenta apressar o passo, mas acaba sendo alcançado”, detalhou o delegado 3ª Delegacia de Polícia, Petter Ranquetat. 

Aos investigadores, prestado em 25 de abril, no hospital em que está internado, no Lago Sul, o jornalista relatou ao titular como foi a abordagem.  

“Os dois elementos aproximaram-se e teriam mencionado: ‘acabou’ ou ‘perdeu’. E começaram as agressões com faca. Ele gritou: ‘Levem tudo’, ‘Parem, por favor’. Ouviu um vizinho, que gritou da janela dizendo que estava filmando”, contou o delegado.

O repórter foi atacado por dois suspeitos com, pelo menos, dez golpes a faca em um estacionamento próximo à própria casa, no Sudoeste, no Distrito Federal. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e levado a um hospital, onde passou por cirurgia e chegou a ser internado em uma UTI.

Vídeo mostra ataque

Imagens captadas pelas câmeras de segurança próximas ao local do ataque mostraram o comunicador sendo seguido por dois homens. Após o ferir, os suspeitos fogem. Dois indivíduos foram detidos menos de 24 horas após o crime. Segundo a Polícia, o caso se trata de uma tentativa de latrocínio

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Aos investigadores, José Felipe Leite Tunholi, de 19 anos, e o suposto cúmplice, um adolescente de 17 anos, disseram que viram Gabriel como uma potencial vítima e decidiram assaltá-lo.   

O porteiro do prédio do jornalista o viu se aproximar. Inicialmente, pensou se tratar de uma pessoa em situação de rua, mas depois o reconheceu. O funcionário, então, liberou a entrada. Conforme o relato, Gabriel perdeu muito sangue, mas manteve-se consciente. O jornalista também pediu que o porteiro ligasse para o pai dele. 

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