Professora que levou sete tiros em ataque de Aracruz tem alta médica: 'dia do terror'
A educadora de história recebeu foi uma das 12 vítimas e precisou passar por cirurgias
A professora de história Sandra Guimarães, 58 anos, recebeu alta nesta sexta-feira (2), após ser alvo de sete tiros durante ataque em escola do município de Aracruz, no Espírito Santo, no dia 25 de novembro. A vítima foi uma das 12 pessoas feridas na ação.
Sandra, que dá aulas na Escola Estadual Primo Bitti, ainda agradeceu pelas correntes de orações que recebeu de amigos, familiares, conhecidos e até de internautas nas redes sociais.
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Conforme o portal O Globo, a educadora gravou uma mensagem ainda em cama no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, em Vitória.
"Eu estava naquele dia do terror, tomei sete tiros, cinco na perna esquerda e dois na direita, tive que passar por duas cirurgias. Graças a Deus os tiros não atingiram nenhum nervo".
"Recebi alta hoje, já estou me sentindo bem, passei pela segunda cirurgia e queria agradecer muito a toda equipe do hospital", acrescentou.
No vídeo, ainda detalhou que não vai conseguir agradecer a todos porque o celular está cheio de mensagens. "Então deixo meu agradecimento a todo mundo, todos os brasileiros que têm me ajudado nessa recuperação", finalizou.
Adolescente foi preso em casa de praia
O adolescente atacou a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM), onde já foi aluno, e o Centro Educacional Praia de Coqueiral, da rede particular, na manhã da sexta-feira (25). Ele efetuou diversos disparos, matando pelo menos quatro pessoas e deixando dez feridos.
O veículo que o adolescente usou, um Renault Duster de cor prata, foi identificado pela polícia com auxílio de câmeras de deslocamento. O carro estava com a placa coberta.
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Os policiais rastearam o dono do veículo, pai do garoto, e foram até a casa da família, mas não encontraram ninguém lá. A polícia descobriu outro endereço da família, uma casa de praia, e encontrou o adolescente lá, acompanhado dos pais.
O adolescente confessou o crime e foi até a casa com os policiais para mostrar onde guardou as roupas, segundo o tenente Adriano de Farias Santos.
"Ele [o atirador] estava muito tranquilo. Demonstrou frieza. Não parecia alguém que havia cometido um crime desse tipo".
O estudante deve responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa das vítimas e perigo comum.