Prefeitura de Gramado (RS) decreta estado de calamidade após prédio desabar por rachaduras no solo

546 pessoas tiveram de sair de suas casas na cidade até o momento

Escrito por Redação ,
rachaduras em rua de gramado
Legenda: Moradores solicitam perícia para descobrir a causa das rachaduras
Foto: Prefeitura de Gramado

Após rachaduras aparecerem em ruas e um prédio desabar, a Prefeitura de Gramado decretou estado de calamidade na cidade localizada na serra do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (24). Conforme a gestão, 546 pessoas tiveram de deixar as próprias casas na Cidade.

No bairro Três Pinheiros, o mais afetado, 120 famílias foram removidas das residências. Segundo o prefeito Nestor Tissot, "a água foi o fenômeno que ocasionou todos esses deslizamentos". 

"Muita quantidade de chuva durante o ano acumulada no solo. Chegou um momento em que ela disse 'vou ter que sair, estão me prendendo aqui o ano inteiro' e começou a sair. Junto com ela está vindo o desabamento, as rachaduras", ponderou o prefeito em coletiva de imprensa nesta sexta.  

Ainda conforme o chefe do Executivo Municipal de Gramado, geólogos, profissionais da prefeitura e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vão às ruas no próximo domingo (26) para desvendar o ocorrido. 

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Moradores pedem perícia  

De acordo com O Globo, as rachaduras têm sido percebidas por moradores de Gramado há cerca de oito meses. Segundo um grupo de residente do bairro Piratini, a Prefeitura iniciou a construção de uma estrada que usa dinamite para explodir rochas. 

O advogado Aldairton Carvalho disse ao portal que os moradores vão solicitar uma perícia particular para tentar identificar a causa das rachaduras. 

"Está acontecendo um verdadeiro bombardeio em Gramado. A prefeitura justifica as rachaduras como decorrentes das chuvas, mas acreditamos que tem ação humana direta também. Por isso, vamos contratar uma perícia geológica para entender as causas dessas falhas. Os moradores das regiões precisaram deixar suas casas e estão na casa de parentes e hotéis", diz o representante das famílias. 

O Ministério Público do Rio Grande (MPRS) já informou que vai solicitar à Justiça uma audiência sobre o caso. 

Nesta quinta-feira (23), o Residencial Condado Ana Carolina, que estava isolado, desabou em Gramado. O edifício localizado na Ladeira das Azaleias caiu "por colapso estrutural e devido ao grande volume de chuvas". O local possuía apartamentos valendo mais de R$ 1 milhão, segundo informações do g1.

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