Polícia Federal investiga possíveis irregularidades em leilão de arroz

A investigação teve início após a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciar a suspensão do leilão

Escrito por Diário do Nordeste/Agência Brasil ,
Polícia Federal (PF)
Legenda: A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito policial na tarde desta quarta-feira (12),
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito policial, na tarde desta quarta-feira (12), para investigar possíveis irregularidades no leilão para a compra de arroz importado, após a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciar, na última terça-feira (11), a suspensão do leilão público, realizado no dia 6 de junho.

A licitação foi feita com o objetivo de garantir estoques e evitar uma escalada de preço do produto, em decorrência da calamidade pública no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz no País. A Conab também solicitou à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Corregedoria-Geral da própria empresa a abertura imediata de processo de apuração de todos os fatos envolvendo o leilão para a compra do grão.

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"Estas medidas têm como objetivo garantir toda a transparência neste processo, bem como prestar contas e dar a tranquilidade que a sociedade brasileira merece", informou a Conab. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, informou que o edital do novo leilão de arroz importado deve sair no prazo de uma semana até dez dias.

Leilão

A Conab promoveu, no último dia 6, um leilão público para a compra de arroz importado. Por ter subsídio do governo, o preço máximo do produto foi de R$ 20 o pacote de 5 kg, em embalagens com identificação do Governo Federal — ou seja, R$ 4 o quilo.

Foram adquiridos 263,3 mil toneladas do produto que seriam distribuídas no prazo de 45 a 60 dias. A compra do grão ocorre devido à incapacidade do Rio Grande do Sul de exportar o produto após a tragédia climática que ocorre no Estado.

Uma loja que tem como atividade principal a venda de leite e laticínios em Macapá, no Amapá, foi a principal arrematante do leilão de arroz do Governo. O negócio havia adquirido o direito de vender 147,3 mil toneladas do cereal.

Ao todo, quatro empresas haviam vencido. Além da loja de leite e laticínios, outro estabelecimento de Brasília também estava entre os arrematantes. O dono da empresa em questão disse à Justiça que já pagou propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal.

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