Polícia aponta que Lázaro Barbosa integrava organização criminosa com fazendeiros e políticos

Polícia investiga se fazendeiro que escondeu Lázaro é mandante da chacina de Ceilândia (GO)

Escrito por Redação ,
Foto de lázaro barbosa divulgada pela Polícia
Legenda: Lázaro foi morto com pelo menos 38 tiros em 28 de junho de 2021. após 20 dias de buscas
Foto: Divulgação

A polícia de Goiás, responsável pela investigação da série de crimes cometida por Lázaro Barbosa, acredita que ele integrava uma organização criminosa que reúne de fazendeiros a políticos da região. O suspeito foi capturado e morto na última segunda-feira (28).

A suspeita de que Lázaro não agiu sozinho se intensificou quando o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, da área rural de Girassol (GO), foi preso por dar esconderijo a Lázaro.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo (4), a delegada Rafael Azzi deu detalhes sobre o possível grupo criminoso. “Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos...”, disse. 

Segundo a delegada, as investigações apontam que Caetano pode ter sido o mandante da chacina que Lázaro cometeu em Ceilândia (DF). Quatro pessoas da mesma família foram mortas a tiros e facadas pelo suspeito. 

Os policiais encontraram no celular de Elmi um áudio em que o fazendeiro falava de Lázaro. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, dizia a mensagem. 

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista (interrogatório inicial) o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, afirmou Azzi.

O advogado de Elmi, Ivan Barbosa, negou as suspeitas em entrevista ao Fantástico. 

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Escondido em chácara 

Em 24 de julho, Elmi e o caseiro da chácara dele, Alan Reis de Santana, foram presos por esconder Lázaro Barbosa. O trabalhador afirmou aos policiais que Barbosa, que estava foragido há 17 dias, dormia e comia na propriedade.

Ainda segundo o caseiro, a mãe de Lázaro também já foi funcionária de Elmi. O patrão também já teria ajudado a família financeiramente quando o suspeito fora preso. 

Lázaro foi baleado e morto na última segunda-feira (28), em Águas Lindas (GO), após vinte dias sendo procurado por 270 agentes de segurança. Segundo a polícia, ele entrou em confronto com os policiais. 

O suspeito morreu com pelo menos 38 tiros. Na ação, foram realizados ao menos 125 disparos, inclusive de fuzil, contra o foragido, de acordo com os policiais que participaram da captura.

Ele estava com uma quantia de R$ 4,4 mil no bolso das calças quando foi atingido. Horas antes do confronto com os policiais, Lázaro foi flagrado por câmeras de monitoramento em uma rua do município goiano de Águas Lindas, segundo o secretário de segurança de Goiás Rodney Miranda. 

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