Morte de 'arara influencer', em Goiânia, foi causada por casal que cortou as asas do animal
Arara Pipoca, como era conhecida, tinha um perfil próprio nas redes sociais com 14 mil seguidores
A Polícia Civil de de Goiânia concluiu que a Arara Pipoca, famosa nas redes sociais, morreu por conta de ação humana. Nesta sexta-feira (22), a corporação identificou um casal que supostamente realizou um corte indevido nas asas da arara, o que a fez se desestabilizar, pousar em uma fiação elétrica e morrer eletrocutada.
A morte do animal aconteceu no fim de outubro em Trindade, Região Metropolitana de Goiânia. Pipoca era conhecida entre os moradores e acumulava mais de 14 mil seguidores no Instagram. Dias antes do ocorrido, os tutores divulgaram um vídeo onde mostrava o corte feito nas asas da arara e pediam respostas.
"Nossa Pipoquinha é uma ave livre, não sei porque de tanta maldade. Por que cortaram a sua liberdade?" indagaram os donos.
Veja também
Suspeitos eram da família
De acordo com nota da polícia, divulgada no perfil de Pipoca, os suspeitos foram identificado com o auxílio de câmeras de segurança do local onde a arara foi encontrada debilitada. Os dois ainda aparecem carregando o animal dias antes do acidente.
Segundo os policiais, os responsáveis pelo corte nas asas de Pipoca fazem parte da família dos tutores. Ao g1, o delegado Thiago Escandolhero afirma que houve contradições nos depoimentos de ambas as partes.
Nós conduzimos eles [os tutores] para a delegacia e eles falaram que a arara voou e fugiu deles. Só que a gente foi na casa da familiar, e ela acabou por falar que a Arara esteve lá, brincou com as crianças e depois ela voou. Através dessa contradição, juntando com os vizinhos que viram a Arara num Sobrado em construção em dia de chuva, concluímos que ela não conseguia sair de lá e ficava tomando chuva
A nota da polícia também informa que a arara conseguiu voltar ao lar da família que a acolhia há 3 anos, mas que já estava debilitada. Por viver em liberdade, era comum que o pássaro voasse pela cidade, mas a desestabilização nas asas tornou o último voo mais curto.
Para o delegado, já existem suspeitas para a motivação do crime. "Pode ser que eles queriam pegar a pipoca pra eles, né? Não tem outro motivo aparente”, disse.
Por conta da lei, os responsáveis responderão pelo crime de maus-tratos, previsto no artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais.