Ministério da Saúde autoriza gestantes a tomarem apenas vacinas da Pfizer e CoronaVac

Pasta também não recomendou combinação de imunizantes, que estava autorizada no Ceará

Escrito por Redação ,
Grávida recebendo vacina contra Covid-19
Legenda: Ceará autorizou combinação de vacinas na última sexta-feira (2)
Foto: Shutterstock

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, nesta quinta-feira (8), que grávidas sem comorbidades só poderão se vacinar com a vacina da Pfizer ou a CoronaVac. Assim, os imunizantes da AstraZeneca e da Janssen não deverão ser utilizados. As informações são do portal G1.

Além disso, durante coletiva de imprensa, Queiroga também afirmou que a combinação de vacinas não está autorizada nem em gestantes, nem nos demais públicos, acrescentando que os municípios não devem realizar o procedimento por conta própria.

A combinação da primeira dose fora autorizada no Rio de Janeiro e, posteriormente, no Ceará. A permissão foi estendida a puérperas no território cearense. O Diário do Nordeste buscou a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) para saber se haverá alteração no posicionamento da Pasta estadual, mas aguarda resposta.

"Os municípios têm autonomia, mas não para mudar o cerne do que foi discutido na política tripartite. Não pode ficar criando esquemas vacinais diferentes de maneira discricionária sem ouvir o Programa Nacional de Imunizações", ressaltou Queiroga.

O que é combinação de vacinas

Combinação de vacinas ocorre quando o paciente recebe a primeira dose de uma fabricante e a segunda de um imunizante diferente.

Ainda segundo o titular da Pasta, as gestantes que já receberam a vacina da AstraZeneca completarão a imunização com a mesma vacina após o puerpério, que equivale a 45 dias após o parto.

Combinação no Ceará

A opção de combinar as vacinas no Ceará foi autorizada na última sexta-feira (2) em nota técnica da Sesa. Segundo o documento, gestantes e puérperas que receberam a primeira dose da AstraZeneca podem optar por tomar a segunda dose da Pfizer, com intervalo de aplicação de 90 dias.

Já as gestantes que prefiram completar a imunização com a vacina da AstraZeneca, a orientação é esperar o fim do puerpério para receber a segunda dose do mesmo fabricante. 

Recomendação da Anvisa

A recomendação da Pasta vai ao encontro da orientação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na última terça (6), o órgão indicou que gestantes não fossem imunizadas com vacinas da AstraZeneca e da Janssen, com tecnologia de vetor adenoviral.

A medida foi feita como precaução por casos raros de trombose em combinação com trombocitopenia, os quais estão associados a vacinas com vetor adenoviral.

Veja também

A vacinação com AstraZeneca e Janssen, contudo, seguiu recomendada pela agência para a população geral. "A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população", afirmou. 

Assuntos Relacionados