Madrasta suspeita de envenenar enteadas por ciúme vai a júri popular; relembre caso

Fase de audiência de instruição e julgamento de Cíntia Mariano Dias Cabral chega ao fim nesta segunda-feira (15)

Escrito por Redação ,
Cíntia Mariano Dias Cabral é escoltada por policial
Legenda: Cíntia Mariano tinha ciúmes da relação dos enteados com o companheiro, acredita os investigadores
Foto: reprodução/TV Record

Cíntia Mariano Dias Cabral foi ouvida, nesta segunda-feira (15), pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. A madrasta é acusada de envenenar os enteados por ciúmes. Um médico perito também foi ouvido, além do Ministério Público do Rio. A acusada irá a júri popular, em 2024. Cíntia se manteve em silêncio, sob orientação da defesa. 

As informações são do portal O Dia. A sessão inteira durou cerca de 20 minutos. A prisão preventiva de Cíntia foi mantida pela Tula Corrêa de Melo, juíza responsável pela sessão. A defesa da réu recorreu à decisão e a Justiça aguarda análise do recurso para dar continuidade ao processo. O julgamento deve ocorrer entre fevereiro e março de 2024. 

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Gustavo Figueira Rodrigues, neurologista e perito médico legista da Polícia Civil, foi ouvido na sessão nesta segunda-feira. "Apesar de não se evidenciar, está claro o caso de intoxicação”, informou o perito em depoimento sobre o laudo do paciente Bruno. 

Os advogados de Cíntia pediram que ela se mantivesse em silêncio, após o depoimento do perito. A equipe também pediu anulação das provas produzidas pela exumação do corpo de Fernanda Cabral. Conforme eles, não houve requisição formal do pedido de exames realizados no corpo.

Havia o entendimento da Justiça do Rio que não necessitava de autorização judicial para realização de exumação do corpo da enteada de Cíntia. Advogados da acusada também pediram a retirada do agravante de motivo fútil no processo. 

Relembre o caso

Segundo depoimentos, Bruno Cabral reclamou que o feijão estava com gosto amargo. A madrasta, então, levou o prato de volta para a cozinha e colocou mais comida.

Após a refeição, o rapaz foi para a casa da mãe e começou a apresentar sintomas de envenenamento. Levado ao hospital, o jovem foi submetido a uma lavagem gástrica e teve a intoxicação exógena diagnosticada pela equipe médica. Na residência, policiais localizaram um veneno de pulgas na cozinha.

A irmã do rapaz, a também estudante Fernanda Carvalho Cabral, morreu na mesma unidade de saúde depois de ser internada com sintomas semelhantes após outra refeição servida pela madrasta.

Investigações apontam que os crimes teriam sido praticados pela madrasta por ciúmes dos filhos do marido, que moravam com o casal.

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