Justiça bloqueia R$ 102 milhões de Paulo Bernardo e do PT

Decreto aconteceu nesta terça-feira (5) e foi dado pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, responsável pela Operação Custo Brasil

Escrito por Redação ,

Preso no último dia 23 de junho, durante a 31ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação no governo Lula), que posteriormente foi solto no dia 29 de junho, quando o STF revogou sua prisão, teve cerca de R$ 102 milhões bloqueados de sua conta. O decreto, que aconteceu nesta terça-feira (5), foi dado pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, responsável pela Operação Custo Brasil. Além disso, a Justiça também bloqueou o mesmo valor das contas do Partido dos Trabalhadores (PT) e do ex-tesoureiro da sigla, João Vaccari Neto.

De acordo com o juiz federal, Vaccari Neto foi apontado por dois delatores diferentes como um dos principais mentores do esquema de desvio de dinheiro do caso Consist, principal alvo da Custo Brasil. O despacho de Paulo Bueno de Azevedo também aponta o PT "como principal beneficiário do esquema".

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A Operação Custo Brasil investiga o pagamento de R$ 102 milhões em propinas referentes a contratos de prestação de serviços de informática feitos com a intermediação da empresa Consist entre 2010 e 2015. Foi através destas investigações que a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo.
 
Assim, por entender que o dinheiro desviado teria sido usado para pagar propina a servidores, entre eles o ex-ministro, e para abastecer o caixa do PT, o juiz concluiu que o valor bloqueado teria que ser igual ao rombo causado na pasta.