Vivara deve indenizar funcionária 'obrigada' a recrutar candidatas magras e de cabelo liso
Empresa é acusada de adotar critérios sexistas para escolher colaboradoras
A rede de comércio de joias Vivara foi condenada a pagar indenização de R$ 10 mil para uma ex-analista de recrutamento e seleção por adotar critérios sexistas para escolher funcionárias. Conforme o processo que tramita na 8º Vara de Trabalho de São Paulo, o fundador da varejista exigia mulheres de cabelos longos e lisos, magras, sem tatuagem ou piercing, entre outros critérios estéticos.
A ex-funcionária da rede alega que o empresário adotava o requisito de exclusividade feminina para evitar que as colaboradoras tivessem relacionamentos amorosos no trabalho e engravidassem.
De acordo com a Justiça do Trabalho paulista, as alegações dela foram confirmadas por prova testemunhal, sendo que as orientações de recrutamento eram repassadas verbalmente.
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A juíza da sentença, Yara Campos Souto, avaliou que o caso revela comportamento machista e discriminatório, já que ocorria a exigência de um padrão de beleza e a objetificação do corpo feminino.
A magistrada destacou ainda que a exclusividade era adotada somente em vagas de atendimento ao público, ao passo que, em vagas administrativas, os dois gêneros eram admitidos.
No processo, a empresa é citada como Tellerina Comércio de Presentes e Artigos para Decoração S.A., que tem ‘Vivara’ como nome fantasia, de acordo com o portal Serasa Experian. A decisão judicial ainda cabe recurso.
O Diário do Nordeste tenta contato com a Vivara. A matéria será atualizada em caso de retorno.