Prisão de motorista que dirigia Porsche é negada pela terceira vez

Fernando Sastre Filho está envolvido em acidente que matou um motorista de carro por aplicativo no dia 31 de março

Escrito por Redação ,
Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista que dirigia o Porsche
Legenda: Fernando não prestou socorro e não fez teste do bafômetro
Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça negou, pela terceira vez, o pedido de prisão preventiva contra Fernando Sastre Filho, feito pela promotora Monique Ratton, do Ministério Público de São Paulo. O empresário de 24 anos dirigia a Porsche que colidiu contra outro veículo e matou um motorista de carro por aplicativo no dia 31 de março, em Tatuapé (SP).

Fernando não prestou socorro e não fez teste do bafômetro no dia do acidente. Conforme o Uol, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, declarou: "O MP não interpôs recurso contra a decisão [anterior de negar a prisão do motorista do Porsche], o que leva a concluir que se deu por satisfeito com a concessão de medidas cautelares diversas da prisão em desfavor do acusado". 

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O empresário é réu por homicídio doloso (quando há intenção de matar) qualificado e lesão corporal gravíssima.

Ao solicitar o pedido de prisão preventiva, a promotora Ratton apontou que Fernando pressionou a namorada para negar que ele estivesse bêbado. "Desde o momento do acidente, há claro intuito do denunciado e de sua genitora de tentar diminuir a gravidade dos fatos escondendo a embriaguez do condutor e retirando seu estado flagrancial para comprometer as investigações", afirmou.

Porém, o Juiz disse que era uma declaração infundada "sem qualquer conexão com os demais elementos cognitivos que autorizem assim concluir".

Entenda o caso 

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, dirigia acima de 50 km/h, velocidade máxima permitida na Avenida Salim Farah Maluf, antes de colidir com outro carro na via. O acidente ocorreu às 2h da manhã do dia 31 de março, em Tatuapé (SP).

Um motorista de carro por aplicativo faleceu em decorrência do impacto, sendo identificado como Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. O paulista fugiu da cena do acidente, deixando o local com a mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, depois da batida. Ele se entregou à polícia somente um dia depois.

O caso, investigado pelo 30º DP, foi registrado como homicídio culposo, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e fuga de local de acidente.

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