Jovem morta em SC foi coberta com 50 kg de cal para dificultar identificação da vítima

A vítima foi encontrada em uma região de mata fechada, a cerca de 1,5 metro de profundidade, enrolada em um cobertor e uma lona

Escrito por Redação ,
Jéssica Elias da Rosa
Legenda: O crime teria sido arquitetado após a prisão do ex-namorado de Jéssica, que incendiou a casa dela
Foto: Reprodução

O corpo de Jéssica Elias da Rosa, jovem de 23 anos morta em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, foi coberto por aproximadamente 50 kg de cal para de acelerar a decomposição e atrapalhar a investigação.

De acordo com informações do portal Uol, a vítima foi encontrada em uma região de mata fechada, a cerca de 1,5 metro de profundidade, enrolada em um cobertor e uma lona, e coberto pela cal que era do carro de uma das presas.

A principal linha de investigação, ressaltada pela delegada responsável, Jucinês Ferreira, aponta que ela pode ter sido sequestrada pela antiga sogra e pela atual companheira do ex-namorado dela. A delegada disse que a Jéssica foi assassinada com "muita surra e a finalização de um suposto mata-leão".

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O crime teria sido arquitetado após a prisão do ex-namorado de Jéssica, que incendiou a casa dela. A participação do homem no assassinato também será investigada pela polícia.

"Afinal, a ordem que ele [marido da ex-sogra] recebeu para fazer era, inclusive, colocar a cal dentro do corpo da vítima. Ele disse às suspeitas que fez isso, mas na verdade não cumpriu tal determinação", disse a delegada.

Desaparecimento e sequestro

A última vez que Jéssica Elias entrou em contato com a família foi em 22 de janeiro. A delegada acredita que nesse período ela já deveria está sequestrada a cerca de dois dias pela dupla, pois ela desapareceu no dia 20 daquele mês. Durante o contato, após inúmeras ligações dos parentes, a jovem enviou uma foto dela mesma para eles. A investigação indica que a imagem foi realizada já na casa das suspeitas.

[Ela] encaminhou uma foto extremamente abatida. Olhos inchados, acredita-se que após chorar muito. E ainda supõe-se que ela enviou por orientação das investigadas", detalhou Ferreria.

Ainda no último contato, a moça disse aos familiares que precisava sair da cidade, pois havia feita algo errado. A Polícia afirma que a mensagem foi uma das inúmeras tentativa das suspeitas de encobrir o crime.

"Inclusive nesse mesmo dia, enquanto a vítima estava em poder delas, ambas [as mulheres] vão até a casa dela e falam com a mãe de Jéssica, procurando por ela. Criam meios para evitar que sejam suspeitas", explicou. 

Relacionamento abusivo e 'rancor'

Ferreria apontou possíveis motivações do crime. Segundo a titular, Jéssica tinha um relacionamento conturbado com o ex-namorado, filho de uma das suspeitas. O homem estaria preso após atear fogo na casa da vítima. 

A sogra aparentemente sente rancor por tal situação, vendo Jessica como culpada", explicou.

Ainda conforme a autoridade, apesar de quase ter sido morta pelo antigo companheiro, a jovem continuava a "nutrir sentimentos" por ele. Inclusive, ela teria tentado atrapalhar o atual relacionamento dele, com a outra suspeita, ao criar um perfil falso nas redes sociais com os dados da indivídua, visando simular uma infidelidade por parte dela. 

"Ambas as investigadas teriam este acerto de contas com a vítima por tal situação. Esse é o cenário", finalizou a delegada.

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