Google vai barrar anúncio de 'bets' que não têm autorização do Ministério da Fazenda; entenda

A medida entrará em vigor a partir de segunda-feira (30)

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(Atualizado às 19:34)
Foto: Agência Brasil

O Google vai exigir das empresas de apostas online, chamadas 'bets', a partir de segunda-feira (30), a autorização do Ministério da Fazenda para liberar anúncios de apostas esportivas ou jogos de azar on-line em sua plataforma

Essas alterações refletem as novas exigências regulatórias no Brasil. No último dia 17 de setembro, o Ministério da Fazenda publicou uma portaria na qual estabelece que a partir de outubro bloqueará plataformas de apostas irregulares que operam no país.

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Apenas empresas que solicitaram autorização de funcionamento junto ao governo e que já estão operando poderão continuar suas atividades entre outubro e o fim de dezembro. A publicação da portaria tem como finalidade o combate ao vício em apostas no Brasil.

Como funcionará?

Para anunciar no Google, as plataformas de apostas precisam obter uma certificação que pode ser adquirida mediante solicitação à plataforma, conforme indicado na atualização da política de publicidade. 

O Google afirmou ainda que operadores de corridas de cavalos e loterias deverão obter novamente a certificação para continuar anunciando no Brasil a partir de segunda-feira.

Já os chamados agregadores de jogos de azar de qualquer tipo não poderão mais anunciar no Brasil após 30 de setembro.

Nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição está monitorando os riscos de inadimplência associados ao aumento das apostas e jogos online no Brasil. 

Outro tema que está sendo acompanhado, conforme Campos Neto, é o uso de carteiras digitais para mediar pagamentos com cartão de crédito, por meio do PIX.

O Governo Federal também estuda uma série de medidas para impedir o uso de recursos do Bolsa Família para o pagamento de apostas on-line. 

Além do bloqueio do cartão do programa social para o pagamento de jogos e apostas, uma possibilidade em análise é a transferência da titularidade do benefício.