Gerente que acusou modelo de furtar a própria blusa é afastado em SP

No último fim de semana, Daniela Orcisse foi abordada por um gerente e um segurança de uma loja para ser acusada de furto

Escrito por Redação ,
modelo que foi acusada de furto
Legenda: Daniela relatou o caso de racismo nas redes sociais
Foto: Reprodução

O gerente que teria acusado a modelo Daniela Orcisse, de 35 anos, no último sábado (15) de furtar uma blusa que já era dela, foi afastado das funções em uma loja de São Paulo. Segundo o advogado da loja Águia Shoes, na zona leste da capital paulista, o funcionário foi advertido e "agiu sozinho, sem o consentimento da empresa". 

A empresa informou ainda, segundo o Uol, que está em contato com a advogada da vítima para saber "a melhor forma de reparação do ocorrido e manutenção da melhor relação entre as partes".

"Todo cliente é importante para a empresa. Ressaltamos que acreditamos na igualdade de todas as pessoas, independentemente de sua raça, etnia, religião, gênero ou orientação sexual. Todas as medidas cabíveis serão tomadas. A empresa atua contra qualquer forma de discriminação e estamos comprometidos em cultivar uma cultura de respeito mútuo, em que todos se sintam seguros. Como disse, estamos apurando todas as versões. Nosso objetivo é restaurar a confiança da cliente na empresa", afirmou Francisco Carneiro, advogado da loja.

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Entenda o caso 

A modelo Daniela Orcisse foi às redes sociais no dia 15 de julho para denunciar a loja de racismo após ter sido acusada de furto. Ela usava uma blusa com protetor de zíper e de papel manteiga, material semelhante a um das peças que vendem na loja. 

O gerente a abordou junto a um segurança e feito a acusação. O funcionário falou que uma suposta cliente teria visto Daniela saindo do estabelecimento com a blusa. 

"Passei por um constrangimento, uma vergonha tão grande. É horrível você ser acusado de algo que você não fez. (...) Todo mundo olhando, eu não desejo para ninguém", relatou Daniela nas redes. 

Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como calúnia. A vítima "quanto ao prazo de representação criminal".

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