Gêmeas siamesas que nasceram unidas pelo crânio passam por quatro cirurgias e são separadas

Alana e Mariah foram operadas em Ribeirão Preto, no Interior de SP

Escrito por Redação ,
Allana e Mariah nasceram unidas pelo crânio
Legenda: Allana e Mariah nasceram unidas pelo crânio
Foto: Reprodução/TV Globo

A história das irmãs Allana e Mariah chamou atenção dos telespectadores que acompanharam o "Fantástico", no domingo (22). O programa da TV Globo exibiu o primeiro episódio da série “Vidas” com o relato da família das irmãs siamesas. Elas nasceram unidas pelo crânio e passaram por quatro cirurgias até se separarem por completo.

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As irmãs do interior paulista voltaram para casa na véspera do Dia das Crianças, depois de várias cirurgias. Em uma delas foram 27 horas ininterruptas de trabalho.

"Para mim foi um choque. Assim, quando eu vi, porque eu não imaginava o grau da união delas, eu sabia que elas eram unidas, mas eu não imaginava o quanto [...] Allana e a Mariah ensinam a gente muito. A gente foi se adaptando junto com elas", contou Talita Cestari, mãe das meninas.

Solidariedade

Gêmeas siamesas que nasceram unidas pelo crânio foram separadas após quatro cirurgias
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Foto: Reprodução/TV Globo

Nascidas em Piquerobi, cidade do interior de São Paulo com menos de 4 mil habitantes, elas contaram com ajuda dos moradores para encontrar atendimento especializado. Com as vaquinhas feitas pelos moradores, eles se mudaram, temporariamente, para Ribeirão Preto, a quase 500 quilômetros de distância; e buscaram o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo, que era referência nesse tipo de tratamento.

Os médicos do HC deram suporte para a família. “É a raridade da raridade. Ao longo da minha carreira, eu nunca tinha tido um outro caso como esse", disse ao Fantástico o médico Hélio Machado.

Técnica inédita

Células-tronco da bacia das meninas foram utilizadas no processo de recuperação
Legenda: Células-tronco da bacia das meninas foram utilizadas no processo de recuperação
Foto: Reprodução/TV Globo

O processo de reconstrução dos crânios das gêmeas contou com uma técnica inédita. Na penúltima cirurgia, os médicos retiraram células-tronco da bacia das meninas. Essas células passaram por um processo super rigoroso de seleção no hemocentro de Ribeirão Preto.

Depois, foram trazidas para tanques de nitrogênio líquido, onde ficaram a uma temperatura de -196 graus durante quatro meses. Só saíram para serem usadas na última cirurgia de separação de Allana e Mariah.

"O biomaterial é colocado entre os ossos, como se fosse um rejunte de um piso. Melhora a circulação, diminui a inflamação. Porque ela tem um efeito anti-inflamatório potente. Nós estamos sendo pioneiros nessa de técnica", destacou o cirurgião plástico.

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