Exame de sangue que detecta alzheimer chega ao Brasil; veja detalhes

Procedimento pode ser realizado mediante pedido médico e o resultado é liberado em cerca de 20 dias

Escrito por Redação ,
coleta exame de sangue
Legenda: O teste está disponível nas unidades da marca Fleury que ficam no Estado de São Paulo e deve chegar a todas as unidades do grupo em breve
Foto: Shutterstock

O exame norte-americano PrecivityAD2, que, a partir de uma coleta de sangue simples ajuda a identificar a doença de Alzheimer em estágio precoce, chega ao Brasil nesta semana. O valor do procedimento é de R$ 3,6 mil e ainda não é disponibilizado por planos de saúde. 

“Esse exame é uma análise de proteínas que estão relacionadas à doença de Alzheimer, a beta-amiloide, tau e tau fosforilada. É feito no plasma (do sangue) e com uma técnica mais recente, que a gente chama de espectometria de massa e é capaz de detectar mínimas variações nessas proteínas”, explica Aurélio Pimenta Dutra, neurologista do Fleury Medicina e Saúde, empresa responsável pelo exame.

O exame pode ser realizado mediante pedido médico e o resultado é liberado em cerca de 20 dias. O teste está disponível nas unidades da marca Fleury que ficam no Estado de São Paulo e deve chegar a todas as unidades do grupo em breve.

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De acordo com o neurologista, o PrecivityAD2 se destaca em relação a outros testes de sangue já disponíveis no Brasil pela capacidade de captar alterações na tau e também na tau fosforilada. Na prática, os outros só predizem risco de um quadro clínico estar associado à doença e não tem “capacidade diagnóstica”.

A empresa alerta que o PrecivityAD2 não é um exame de triagem, ou seja, não serve para check-up. Ele deve ser aplicado em pacientes que já apresentem sinais e sintomas de declínio cognitivo.

Precisão do teste

O PrecivityAD2 é desenvolvido e comercializado pela C₂N Diagnostics, uma startup da Universidade de Washington. As amostras coletadas no Brasil são encaminhadas para avaliação nos Estados Unidos.

O Fleury afirmou que o teste atingiu precisão de 88% quando comparado aos resultados quantitativos do PET amiloide cerebral. “É um exame de equivalência, mas ainda não faz parte dos critérios diagnósticos”, disse Dutra, neurologista do Fleury. “Ou seja, possivelmente será utilizado para complementar (outros exames) e, com a progressão da confiança, pode ser que futuramente ele faça parte de um dos critérios diagnósticos para doença de Alzheimer”, completou.

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