Ex-militar da FAB acusado de matar colega no Ministério da Defesa é condenado a 6 anos de reclusão

Decisão foi tomada por Conselho de Justiça Militar

Escrito por Redação ,
Militar morto por colega em prédio do Ministério de Defesa
Legenda: Kauan Jesus da Cunha Duarte estava sentado quando foi atingido
Foto: Arquivo pessoal

Acusado de assassinar um colega nas dependências do Ministério da Defesa, um ex-soldado militar da Força Aérea Brasileira (FAB) foi condenado a seis anos de reclusão pelo crime. A sentença foi anunciada pelo Conselho Permanente de Justiça da 2ª Auditoria Militar de Brasília, entidade responsável pelo julgamento, nessa terça-feira (22). 

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De acordo com informações do Uol, o ex-militar cumprirá a pena em regime semiaberto, respondendo por homicídio simples, com ocorrência de dolo eventual, quando o suspeito não busca o resultado pelo crime cometido, mas assume o risco de produzi-lo.

Para o Ministério Público Militar (MPM), o homem utilizou o armamento “levianamente” por ignorar as prescrições necessárias ao realizar serviço armado.

RELEMBRE A OCORRÊNCIA

O crime aconteceu em novembro do ano passado, quando ambos os militares estavam trabalhando em um dos prédios do Ministério da Defesa. A vítima, o soldado Kauan Jesus da Cunha Duarte, estava sentada assistindo a um vídeo no celular quando o colega de farda adentrou o cômodo. Ao se aproximar de Kauan, o ex-militar sacou a arma e disparou contra sua cabeça

Após cometer o delito, o acusado confirmou ter disparado contra o soldado, mas disse não ter conhecimento de que a arma estava carregada. Segundo ele, a ação foi uma “brincadeira idiota”.

Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados e chegaram a deslocar até o local, mas já encontraram a vítima sem vida. 

COMPORTAMENTO IMPRUDENTE

Informações presentes nos autos do processo indicam que o soldado acusado costumava realizar “brincadeiras” com o armamento da corporação. Pouco tempo antes do crime ser cometido, inclusive, ele teria apontado a arma para as costas de outro profissional militar, que se barbeava. 

Na ocasião, ele teria dito ao colega que “se lhe desse um tiro naquele momento, [ele] não andaria mais”.

No celular do acusado ainda foram encontradas diversas filmagens que mostravam que a conduta imprudente era comum entre os soldados, apesar de os profissionais serem constantemente advertidos quanto as possíveis consequências provocadas pelo manuseio inadequado do armamento.

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