Cadela morre após agressões em pet shop em Goiânia; Polícia investiga caso
Em imagens registradas pelas câmeras de segurança do local, uma funcionária aparece dando socos e empurrões no animal
Uma cadela morreu após sofrer agressões em um pet shop em Goiânia, capital de Goiás, na manhã do último dia 17. A causa da morte foi comprovada por laudo do departamento de Medicina Veterinária Legal da Polícia Científica do estado, conforme divulgado pelo G1 nesta terça-feira (27).
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Em entrevista para o site, a tutora de Luma, Josineuma Dantas, contou ter recebido um telefonema do estabelecimento por volta das 11h, informando que o animal havia sofrido um acidente. “Quando eu cheguei na clínica, a Luma não conseguia se mexer, estava com espasmos, não conseguia mexer os olhos e nem latir. Totalmente imobilizada. Eu abracei ela e pedi perdão por ter levado ela lá”, afirmou.
A tutora, então, levou a pequena shih-tzu para uma clínica veterinária, onde a cadela ficou internada e chegou a fazer exames de raio-x e tomografia. Na noite do dia 20, o veterinário responsável pelo caso chamou Josineuma até o local para informar sobre o falecimento de Luma.
AGRESSÕES
Em busca de respostas sobre o que provocou a morte da cadela, a tutora pediu as imagens das câmeras de segurança ao pet shop. As filmagens foram entregues pela própria direção do estabelecimento à Polícia Civil de Goiás (PCGO), que investiga a ocorrência.
Na gravação, é possível observar uma funcionária agredindo a cachorra com socos e empurrões durante uma sessão de secagem e tosa. Em determinado momento do vídeo, a mulher chega a enforcar o animal.
Outra funcionária também estava na sala e presenciou os maus-tratos, mas não fez nada para impedir as agressões.
Após o falecimento do animal, a Polícia realizou uma perícia no corpo de Luma, chegando à conclusão de que a violência, de fato, provocou a morte da cadela.
O QUE DIZ O PET SHOP
Em nota, o pet shop N Pet’s declarou ter afastado as funcionárias envolvidas na ocorrência, por “descumprimento das diretrizes do estabelecimento, qual seja zelo e respeito pela saúde e integridade física do animal”.
O estabelecimento ainda afirmou que as duas trabalhavam no local há anos e que nunca recebeu reclamações sobre a conduta da agressora até a divulgação do caso.
A responsável pelos maus-tratos não prestou explicações à empresa, nem voltou ao local após a ocorrência.
Por fim, o pet shop repudiou o episódio e prestou solidariedade à tutora, afirmando que “está tomando todas as providências legais, e continuará a colaborar com todas as formas possíveis ao seu alcance para que a responsável seja punida”.