Belo Horizonte distribui joaninhas para evitar pragas em jardins e plantações
A inovação é um projeto sustentável para substituir o uso de agrotóxicos e pesticidas
A Prefeitura de Belo Horizonte está distribuindo joaninhas como alternativa para cuidar dos jardins e das áreas de cultivo. O inseto é um inimigo natural das larvas de pragas como lagartas, pulgões e moscas brancas. A inovação, inspirada em um modelo da Prefeitura de Paris, foi iniciada em 2018 e até o final de 2022 teria rendido mais de 110 mil insetos a população mineira.
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Em entrevista ao Jornal Hoje a bióloga Nathália Abreu Mezzeti explicou como o inseto substituiria os agrotóxicos e pesticidas.
"Ela é como se fosse um pequeno grande leão numa horta. Ela é o predador mesmo e vai à caça dos pulgões e das cochonilhas para acabar com esses inimigos".
Os insetos são criados em uma biofábrica, lá se reproduzem e são desenvolvidos com dieta e temperatura controladas, onde são mantidas sob cuidado até atingirem a fase adulta.
PROJETO SUSTENTÁVEL
A princípio, os organismos produzidos foram utilizados na cidade, na recuperação de serviços do ecossistema em ambientes urbanos, gerando:
- produção de alimentos,
- matérias-primas,
- renovação de recursos hídricos,
- beleza cênica,
- redução de poluição,
Com o sucesso, kits passaram a ser entregues sob demanda popular, de forma que quem se interessar em adquirir o kit pode se inscrever, por meio do Portal de Serviços e fazer a retirada.
"A gente coloca em pacotinhos com alguns informativos para fazer a liberação no meio ambiente, das espécies que nós cultivamos aqui e um pacotinho com sementes de plantas atrativas para as joaninhas, como coentro, mostarda e erva doce. São plantas que dão pólen, dão pulgões e vão atrair as joaninhas para aquele ecossistema"
ESTRATÉGIA PREMIADA
A iniciativa de sucesso rendeu vários reconhecimentos mundiais, dentre eles:
- Pauta em painéis da FutureCom, evento internacional de inovação; e
- Três vezes consecutivas finalista do World Smart City Awards.
Em 2019, foi realizado um intercâmbio científico na cidade de Caen, na França, para tratar dos resultados da implatanção em Belo Horizonte, além de inspirar projetos de sustentabilidade ao redor do país.
