Anestesista é preso suspeito de estuprar pacientes sedadas durante cirurgias no Rio de Janeiro

Médico de 32 anos foi detido em casa, na Barra da Tijuca, após a Justiça expedir mandados de prisão e de busca e apreensão

Escrito por Redação ,
Médico
Legenda: Andrés Eduardo é acusado de estupro de vulnerável e já responde a inquérito por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil
Foto: Reprodução TV Globo

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta segunda-feira (16), um médico anestesista de nacionalidade colombiana. Ele é suspeito de estuprar pelo menos duas pacientes sedadas durante procedimentos cirúrgicos em hospitais das redes pública e particular.

O homem, que segundo informação do g1 foi identificado como Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, tinha o hábito de filmar o ato violento e colecionar as imagens. 

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O crime se assemelha ao cometido por outro anestesista, Giovanni Quintella Bezerra - também no Rio de Janeiro, em julho do ano passado. Ele começou a ser julgado no último mês de dezembro. 

Andres Eduardo foi detido em casa, na Barra da Tijuca, acusado de estupro de vulnerável, após a Justiça expedir mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele ainda responde a inquérito por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil.

As investigações tiveram início em dezembro de 2022 a partir do compartilhamento de informações pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal e contou com apoio da Inteligência do 2º Departamento de Polícia de Área (DPA) da Polícia Civil.

Os agentes descobriram mais de 20 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes armazenados em dispositivos eletrônicos do médico. As gravações incluíam até bebês com menos de um ano de vida, segundo a Polícia Civil. 

Pacientes estupradas

Segundo o portal g1, o primeiro crime de estupro aconteceu em 15 de dezembro de 2020 no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, Região dos Lagos, durante a realização de uma cirurgia de laqueadura

O segundo aconteceu em 5 de fevereiro de 2021 em uma das salas de cirurgia do Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ, durante um procedimento para retirada de útero.

A Polícia Civil chegou até as vítimas a partir de três vídeos registrados pelo próprio médico, nos quais foi possível identificar as unidades hospitalares. 

“Quando vimos, logo de início, tratamos como casos de estupro, partindo do princípio de que ele mesmo teria produzido. Mas precisávamos avançar na identificação das vítimas e materializar os crimes. Pelos metadados dos vídeos, certificamos a localização do suspeito no ato da gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí partimos para a tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas. Com as listas de pacientes operados nos dias, fomos buscando características físicas e eliminado possibilidades até chegar às pacientes”, explicou o delegado titular da Dcav, Luiz Henrique Marques. 

Os vídeos gravados por Andres foram mostrados às vítimas, que se reconheceram, mas não tinham ciência de que haviam sido estupradas. As investigações continuam para tentar descobrir se há novas possíveis vítimas, verificando em todas as unidades nas quais o médico trabalha. 

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