Rússia exige retirada de armas nucleares dos EUA que estão espalhadas pela Europa

Federação diz que há ao menos cem bombas nucleares americanas na Europa atualmente

Escrito por Redação ,
Nova bomba nuclear americana B61-12
Legenda: Até 2025 os modelos que estão na Europa devem ser substituídos por bombas B61-12
Foto: Divulgação

A presença de bombas nucleares no continente europeu tem sido um dos motivos utilizados por Vladimir Putin, presidente da Rússia, para justificar a mobilização do arsenal nuclear russo. O chefe de estado alega que essa movimentação é para se defender dos avanços da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). 

Mesmo que a organização não divulgue a quantidade de armas nucleares dos Estados Unidos na Europa, estima-se que há cerca de cem bombas atômicas B61 distribuídas entre cinco países. 

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Segundo as informações do UOL, o chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou, em assembleia na ONU, que os EUA são os responsáveis por criar um clima de insegurança e exigiu que as armas nucleares americanas sejam retiradas do terrirório europeu. 

De acordo com a FAS (Federação de Cientistas Americanos), há ao menos cem bombas nucleares americanas na Europa atualmente. Elas estão distribuídas por seis bases aéreas de cinco países da Otan da seguinte forma: 

  • 15 bombas em Kleine Brogel, na Bélgica 
  • 15 bombas em Büchel, na Alemanha 
  • 20 bombas em Aviano, na Itália 
  • 15 bombas em Ghedi, na Itália 
  • 15 bombas em Volkel, na Holanda 
  • 20 bombas em Incirlik, na Turquia.

Armas nucleares na Europa

Os EUA mantêm armas nucleares na Europa desde a década de 1950 como parte do acordo firmado na criação da Otan. A organização explicou que as armas americanas "para defesa coletiva". 

"Para garantir a segurança de seus aliados, os Estados Unidos espalharam um número limitado de armas B61 em determinados locais da Europa; as armas estão sob custódia e controle dos EUA em total conformidade com o NPT (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, na sigla em inglês)", diz trecho do comunicado. 

As ogivas estão desativadas e são mantidas em cofres subterrâneos, com códigos de acesso em posse apenas de americanos, afirma o o Centro de Controle e Não Proliferação de Armas. 

As bombas B61 

O Arquivo de Armas Nucleares descreve as B61 como "uma família de armamentos". A potência delas depende do modelo, que pode variar entre 0,1 kt (quilotons) e 400 kt, segundo a FAS. 

De acordo com a NNSA (Administração Nacional de Segurança Nuclear), até 2025 os modelos que estão na Europa devem ser substituídos por bombas B61-12, que são mais modernas e possuem maior precisão para acertas alvos. 

 

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