Rússia exige retirada de armas nucleares dos EUA que estão espalhadas pela Europa
Federação diz que há ao menos cem bombas nucleares americanas na Europa atualmente
A presença de bombas nucleares no continente europeu tem sido um dos motivos utilizados por Vladimir Putin, presidente da Rússia, para justificar a mobilização do arsenal nuclear russo. O chefe de estado alega que essa movimentação é para se defender dos avanços da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Mesmo que a organização não divulgue a quantidade de armas nucleares dos Estados Unidos na Europa, estima-se que há cerca de cem bombas atômicas B61 distribuídas entre cinco países.
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Segundo as informações do UOL, o chanceler russo, Sergey Lavrov, afirmou, em assembleia na ONU, que os EUA são os responsáveis por criar um clima de insegurança e exigiu que as armas nucleares americanas sejam retiradas do terrirório europeu.
De acordo com a FAS (Federação de Cientistas Americanos), há ao menos cem bombas nucleares americanas na Europa atualmente. Elas estão distribuídas por seis bases aéreas de cinco países da Otan da seguinte forma:
- 15 bombas em Kleine Brogel, na Bélgica
- 15 bombas em Büchel, na Alemanha
- 20 bombas em Aviano, na Itália
- 15 bombas em Ghedi, na Itália
- 15 bombas em Volkel, na Holanda
- 20 bombas em Incirlik, na Turquia.
Armas nucleares na Europa
Os EUA mantêm armas nucleares na Europa desde a década de 1950 como parte do acordo firmado na criação da Otan. A organização explicou que as armas americanas "para defesa coletiva".
"Para garantir a segurança de seus aliados, os Estados Unidos espalharam um número limitado de armas B61 em determinados locais da Europa; as armas estão sob custódia e controle dos EUA em total conformidade com o NPT (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, na sigla em inglês)", diz trecho do comunicado.
As ogivas estão desativadas e são mantidas em cofres subterrâneos, com códigos de acesso em posse apenas de americanos, afirma o o Centro de Controle e Não Proliferação de Armas.
As bombas B61
O Arquivo de Armas Nucleares descreve as B61 como "uma família de armamentos". A potência delas depende do modelo, que pode variar entre 0,1 kt (quilotons) e 400 kt, segundo a FAS.
De acordo com a NNSA (Administração Nacional de Segurança Nuclear), até 2025 os modelos que estão na Europa devem ser substituídos por bombas B61-12, que são mais modernas e possuem maior precisão para acertas alvos.