Projeto de lei que protege casamento LGBTQIA+ avança no Senado dos Estados Unidos

Progresso da medida é marcado por incomum apoio bipartidário

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
Manifestante segurando bandeira com as cores da bandeira LGBTQIA+ para incentivar pessoas a votarem nas eleições nos Estados Unidos
Legenda: Avanço ocorre em meio à manifestações para estimular o voto nas eleições de meio de mandato, que podem ser decisivas para a comunidade LGBTQIA+
Foto: OLIVIER TOURON / AFP

Projeto de lei que garantirá proteção federal a casamentos entre pessoas do mesmo sexo avançou no Senado dos Estados Unidos, nessa quarta-feira (16). Muito significativo, o progresso da medida ocorre em momento de grande preocupação para a comunidade LGBTQIA+.

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Embora o casamento gay seja um direito assegurado pela Suprema Corte desde 2015, muitas pessoas têm estado preocupadas com uma possível ameaça à medida desde que, no início do ano, o direito ao aborto foi revogado pelo mais alto tribunal americano.

Por isso, o avanço do projeto de lei é decisivo: ele não obrigará todos os estados a legalizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas exigirá que eles reconheçam as uniões realizadas em outros estados. 

A proposta ainda passará por votação no Senado, e, caso seja aprovada, retornará à Câmara dos Representantes, onde enfrentará votação definitiva.

A medida é defendida pelo presidente Joe Biden, que se comprometeu a assinar a proposta assim que a mesma for validada.

"Amor é amor, e os americanos devem ter o direito de se casar com a pessoa que amam" Declarou Biden

APOIO BIPARTIDÁRIO

Além de relevante, a medida também chamou atenção por receber um incomum apoio bipartidário: senadores democratas contaram com os votos positivos de uma dúzia de republicanos para cumprir a exigência de 60 votos “sim”, conduzindo, desta forma, a medida ao plenário. 

A concordância atípica não aponta para uma total aprovação republicana, já que 37 de seus senadores votaram contra o projeto de lei, que também é fervorosamente rejeitado pela fração religiosa do partido. 

A divisão poderá ser notada novamente a partir de janeiro, quando o novo Congresso será empossado: de acordo com projeções dos resultados das eleições de meio de mandato, ocorridas na semana passada, a legislatura será bem dividida. Os democratas terão vantagem no controle do Senado, enquanto os republicanos serão maioria na Câmara dos Representantes, o que deverá acirrar as disputas entre os dois partidos.

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