OMS solicita interrupção da venda de mamíferos selvagens vivos em mercados para conter doenças
Órgão cita em comunicado que os animais selvagens representam mais de 70% de novas enfermidades infecciosas nos seres humanos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações com atuação internacional solicitaram, nesta terça-feira (13), a interrupção da venda de mamíferos selvagens vivos nos mercados de alimentos do mundo inteiro. O pedido foi pautado nos riscos de transmissão de novas doenças infecciosas ao ser humano.
Um comunicado assinado pela OMS, Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla em inglês) afirma que "os animais, em particular os animais selvagens, são a fonte de mais de 70% de todas as novas enfermidades infecciosas nos humanos, muitas delas provocadas por novos vírus".
Especialistas que trabalham para a OMS, inclusive, sustentam a hipótese de transmissão do vírus da Covid-19 ao ser humano por esta via.
Os profissionais detalharam em recente relatório sobre as origens da doença pandêmica que um mercado de Wuhan - a metrópole chinesa onde foram registrados os primeiros diagnósticos positivos do novo coronavírus - parece ter sido um dos pontos mais importantes de propagação da pandemia no fim de 2019.
Conduta sanitária
As organizações internacionais pedem normas aperfeiçoadas de higiene e saneamento nos mercados tradicionais para reduzir tanto a contaminação do animal para o ser humano como o contágio entre comerciantes e clientes.
Além disso, também recomendam medidas para controlar a criação e a venda de animais selvagens nos mercados para o consumo humano.
Outros pedidos do comunicado
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Treinamento de inspetores veterinários;
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Reforço dos sistemas de vigilância para detectar novos patógenos;
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Planejamento de campanhas de informação e conscientização.