Mais de 500 golfinhos são mortos por pescadores em caça polêmica nas Ilhas Faroé; entenda

No ano passado, mais de 1.400 animais foram mortos durante a caçada

Escrito por Redação ,
Golfinhos são mortos em tradição de ilha na Dinamarca
Legenda: Pescadores usam barcos para cercar animais
Foto: AFP

Mais de 500 golfinhos foram mortos nas Ilhas Faroé, durante o mês de maio, como resultado do retorno de uma controversa tradição de pesca da região. Conforme declarado por autoridades locais nessa quinta-feira (15), a caçada chegou a capturar 266 animais em um único dia. As informações são do The Guardian.

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Conhecida como “Grindagap” ou "Grind', a prática é comum entre os pescadores do território autônomo da Dinamarca. Durante a atividade anual, os caçadores costumam cercar baleias-pilotos e golfinhos em um semicírculo formado por barcos de pesca, conduzindo os animais até uma baía rasa, onde ficam encalhados. Sem chance de escapar, eles são mortos a facadas pelos pescadores.

Impactantes, as imagens da matança costumam rodar o mundo durante o período de realização da caçada, no verão. Na temporada deste ano, autoridades estimam que mais de 500 golfinhos foram mortos em cinco “Grindagap”, até agora.

“Ontem, houve dois grinds, um com 266 capturas e outro com 180, de acordo com os primeiros relatórios”, afirmou um porta-voz do governo local. 

Em 2022, o número de golfinhos mortos chegou a mais de 1.400, o que forçou as autoridades a limitarem a quantidade de mortes permitidas, reduzindo-a para 500 por ano.

Apesar de tradicional, a prática não é bem vista e costuma receber críticas de organizações ambientais, como a Sea Shepherd, instituição internacional de conservação da vida marinha, que já atrapalhou a caçada em 2014. Na época, a ONG criticou o fato de que embarcações da marinha foram autorizadas a intervir em sua ação.

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