Juíza da Argentina é flagrada beijando preso condenado por matar policial
Magistrada integrou turma de juízes que condenou o detento
Uma juíza da Argentina se envolveu em uma polêmica após ser gravada beijando um homem condenado a prisão perpétua. A magistrada, que integrou uma turma de juízes que condenou o próprio detento, foi gravada por câmeras de segurança.
Conforme o portal G1, Mariel Suárez beijou o condenado, Cristian Bustos, na boca. O criminoso recebeu a pena por ter matado um policial na sala de visitas de uma penitenciária em Trelew, no sudeste argentino, em 2009.
Após matar o agente, Bustos, já procurado pela Justiça, escapou e fugiu para o Chile, onde foi capturado anos depois. Lá, ele cumpriu pena antes de ser extraditado para a Argentina.
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No dia 22 de dezembro de 2021, Mariel Suárez votou contra a pena indicada ao homem. A imagem do beijo foi gravada um semana depois, no dia 29, segundo o jornal La Nacíon.
Posição da Justiça
Ainda conforme o portal, o Superior Tribunal de Justiça publicou uma nota sobre o ocorrido. O órgão pontuou ter recebido uma comunicação formal sobre o caso, descobrindo que um encontro fora requerido por uma juíza e um detento considerado de alta periculosidade.
Na nota, o órgão judicial indica que, a partir do comunicado, surgiu a notícia de que a magistrada incorrera em "condutas inadequadas".
"As ações agora serão tomadas para elucidar as circunstâncias dessa reunião entre a magistrada e um condenado, o conteúdo do encontro, sua extensão, o tempo que durou e as características desse encontro, que podem implicar violações da lei e do regimento interno do Poder Judiciário", diz o texto.
Ainda conforme o jornal argentino, a juíza foi destituída do cargo em 2013 por apresentar mal desempenho, além de ter sido acusada de liberar detentos "por telefone" e de ditar uma resolução arbitrária em um caso de abuso sexual de uma adolescente.