Jovem mostra sintomas de monkeypox no corpo em vídeos do TikTok

Ele tinha lesões no rosto, na língua, nas mãos e nas costas e conta que passou 20 dias infectado com a doença

Escrito por Redação ,
jovem relatando sintomas da monkeypox no tiktok
Legenda: O morador de Los Angeles teve a doença do meio para o fim de julho, e, desde então, mostra sua rotina de cuidados na rede social
Foto: Reprodução

O designer Tanil Raif usou o perfil no TikTok para relatar a evolução do seu diagnóstico de varíola dos macacos. Ele começou a documentar a partir do 11º dia dos sintomas, relatando que foi contaminado após contato íntimo com o parceiro, que tinha feridas semelhantes, as quais eles pensavam serem pelos encravados. 

O morador de Los Angeles, nos Estados Unidos, conta que os primeiros dias foram os piores. “No dia quatro, eu tive um colapso nervoso, chorei o dia inteiro, porque estava no meu rosto. No quinto dia, estava no fundo do poço e precisei procurar tratamento. É uma doença muito intensa", relembra. 

Jovem documentou a evolução dos sintomas em vídeos; assista:

Ele tinha lesões no rosto, na língua, nas mãos e nas costas. Desde o fim de julho, quando estava no meio da doença, ele tem compartilhado no TikTok a rotina de tratamentos, entre exercícios e cuidados com a pele. 

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As lesões "praticamente desapareceram" após 20 dias com a varíola dos macacos. Para tratar as cicatrizes, Tanil usa vitamina C com óleo e hidratante. 

Como ocorre a transmissão da monkeypox?

Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados. Para evitar a estigmatização contra os primatas, que não têm relação com a incidência atual da doença, a OMS orienta que o termo "varíola dos macacos" não seja utilizado.

“Quando a crosta desaparece e há reepitelização, a pessoa deixa de infectar outras e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas”, aponta a Sesa.

De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.

Como prevenir a monkeypox?

O médico infectologista Roberto da Justa destaca que a monkeypox não é uma doença nova, “já havia sido descrita nos anos 1960”, mas que a nova emergência apresenta maior transmissibilidade entre seres humanos.

É muito importante fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica, pra identificação de novos casos e implementação das medidas de isolamento e contenção, assim como o monitoramento de contactantes de casos confirmados.
Roberto da Justa
Médico infectologista

Em coletiva à imprensa em junho, Sarah Mendes, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, alertou que a doença também é transmitida por vias respiratórias, mas “prioritariamente por contato com as lesões”. 

Dessa forma, “a recomendação é evitar contato com a pessoa que esteja confirmada ou suspeita. E as mesmas medidas preventivas para as outras doenças: uso de álcool em gel, higiene das mãos, distanciamento e, se estiver doente, ficar em casa".

As principais medidas de prevenção são:

  • Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
  • Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
  • Usar máscaras de proteção.

As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.

O que fazer se tiver sintomas da monkeypox?

As autoridades de saúde recomendam que o paciente que apresentar sintomas da infecção pelo MPXV procure uma unidade de saúde, para atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.

Qual é o tratamento da monkeypox?

Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado alguma atividade contra o MPXV.

O tratamento dos casos tem se baseado, conforme boletim da Sesa, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico”.

A maioria dos pacientes, observam as autoridades de saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar antibioticoterapia”, acrescenta a Sesa.

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