Empresa sul-coreana fornece até R$ 376 mil a funcionário que tiver filho; veja detalhes

Benefício visa o combate à crise demográfica do país

Escrito por Redação ,
Funcionários que tiverem filho ganharão novo benefício de empresa na Coreia do Sul
Legenda: Funcionários que tiverem filho ganharão novo benefício de empresa na Coreia do Sul
Foto: Shutterstock

Um grupo de construção na Coreia do Sul fornecerá um bônus de US$ 75 mil (o equivalente a R$ 376 mil) para funcionários por cada filho que tiverem. O benefício faz parte de uma série de incentivos oferecidos por políticos e organizações visando o combate à crise demográfica do país. As informações são da Folha de S.Paulo.

"Se a taxa de natalidade da Coreia permanecer baixa, o país enfrentará a extinção", defendeu o presidente da companhia Booyoung, Lee Joong-keun, ao falar sobre a novidade para os trabalhadores no mês passado.

A taxa de fertilidade no país asiático caiu de 0,78 em 2022 para 0,72 no ano passado, de acordo com dados do governo. A estimativa é que o índice caia para 0,68 em 2024. 

O número é muito abaixo do 2,1 que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) diz ser necessário para garantir uma população estável.

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Por conta da crise, partidos de todos os espectros políticos têm anunciado propostas. “O tempo está se esgotando. Espero que cada agência governamental discuta as questões das baixas taxas de natalidade com determinação extraordinária", disse o presidente Yoon Suk Yeol aos ministros em dezembro.

Além de bônus por parte de empresas, há ações que envolvem outros benefícios, como subsídios habitacionais, isenções fiscais, incentivos estendidos para programas de congelamento de óvulos e licença-paternidade obrigatória para os pais.

Economistas observam que a Coreia do Sul já enfrenta desafios fiscais severos, principalmente em questões que envolvem o rápido envelhecimento da população. De acordo com o Instituto Coreano de Saúde e Assuntos Sociais, o PIB do país será 28% menor em 2050 do que era em 2022, levando em conta que a população em idade ativa encolherá quase 35% nos próximos 25 anos.

Os incentivos de algumas empresas vão de encontro à crise, registrando alguns casos de sucesso, como a gigante do varejo Lotte. A empresa adotou programas obrigatórios de licença maternidade e paternidade em 2012 e revelou uma taxa de fertilidade superior a 2 entre seus funcionários. As colaboradoras têm ainda o direito a dois anos de licença-maternidade, além dos três meses garantidos pelo governo.

 
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