Buraco gigante em deserto do Chile corre risco de colapsar, alerta autoridades

Cratera surgiu no Atacama há um mês e seguiu em expansão no período

Escrito por Redação ,
Buraco gigante no deserto do Atacama
Legenda: As agências governamentais e os proprietários da mina ainda analisam as possíveis causas do fenômeno
Foto: divulgação/Sernageomin

O buraco gigante que surgiu no deserto do Atacama, Chile, continua a se expandir e corre alto risco de entrar em colapso e desabar. Autoridades do país decidiram estabelecer um perímetro de segurança ao redor do local, que apareceu misteriosamente há exatamente um mês. 

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A depressão fica no terreno da mina produtora de cobre Alcaparrosa, que teve as atividades suspensas, na cidade de Tierra Amarilla. As agências governamentais e os proprietários do empreendimento ainda analisam as possíveis causas do fenômeno. As informações são do portal Uol. 

Vídeo do buraco gigante no Atacama

O buraco gigante surgiu com cerca de 32 metros de diâmetro, em 30 de julho, e, atualmente, já se expandiu para 36,2 metros. Segundo o Comitê de Gestão de Riscos de Desastres da região do Atacama, a área corre risco de apresentar novas rachaduras e até de afundamentos

"Considerando que o referido cenário representa uma ameaça à vida e à integridade física das pessoas, o acesso à referida zona foi restringido até que os estudos técnicos o justifiquem", informou o órgão de emergências.

As operações na mina continuam suspensas, até o momento, conforme orientações do Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile (Sernageomin). Estudos estão sendo realizados para desvendar o mistério do surgimento da estrutura. Independente da origem da cratera, há uma previsão de que ela deve continuar a crescer até, pelo menos, igualar o diâmetro da superfície com o fundo.

Mais de 60 metros de profundidade

Uma cratera circular tem cerca de 64 metros de profundidade e surgiu em uma estrada chilena que atravessa o terreno da mineradora. Uma semana após, o diâmetro cresceu para 36,5 metros, conforme as últimas medições realizadas via satélite. O buraco segue o formato de um círculo quase perfeito devido à forma do colapso.

A empresa sueco-canadiana Lundin Mining Corp (LUN.TO) detém 80% da região; os 20% restantes são das japonesas Sumitomo Metal Mining (5713.T) e Sumitomo Corp (8053.T). O governo acusa o empreendimento de ser responsável pelo buraco. No entanto, conforme um executivo da Lundin explicou à Reuters, é necessário mais estudo para determinar a origem do sumidouro.

À BBC, geólogos explicaram que o fenômeno pode ter sido causado por diversos fatores, como eventos naturais ou ação humana. Uma das suspeitas é que chuvas intensas que banharam a região em julho podem ter provocado o buraco. Outra possibilidade apontada pelos especialistas é a influência das operações da mineradora na área. 

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